(festa na garagem)
Tem gente que me acha doida. É, tem bastante gente que me acha doida. Mas tudo bem, eu também acho. A questão agora não é essa. O que me faz escrever nesse domingo de frio e Marcelo Camelo talvez seja um devaneio de ansiedade que se apresenta no meu queridíssimo cérebro nesse instante.
Explico. Ou melhor, tento: primeiro, vem o fato de que eu adoro São Paulo. Na verdade, eu odeio e adoro. Mas eu mais adoro. Tentei achar aqui no blog uma crônica de uma das viagens para lá, onde estava a teoria de que em qualquer horário do dia sempre tem um paulista almoçando (mesmo de madrugada), mas não achei. Era bem divertida, mas enfim. É que faz tempo, sabe, é amor antigo. Estamos juntos, eu e SP, desde 2008, quando eu loucamente decidi pedir demissão da Agência de Eventos em que eu trabalhava e acabei indo para a Semana de Design de SP.
É curioso o fato de eu ter escrito tanta coisa aqui, há tanto tempo, e existirem poucos fragmentos de mim como pessoa. Vocês leem as histórias, as cenas, os ruídos que eu percebo, as frases que me fazem chorar, tudo. Mas de mim, na prática, pouco se sabe aqui. Vocês sabem que eu moveria o eixo do mundo por um novo livro do Carpinejar, mas talvez não saibam onde eu trabalho.
E agora?
A própria definição de "quem sou eu" do blog eu fiz há pouco. É que eu acredito mais em quem a gente está indo ser, do que em quem a gente é. Talvez seja isso. Bom, fechando o capítulo pseudo-filosófico de ser, tentar ser, chegar mais cedo e ir embora depois, a realidade é que agora eu preciso me achar, pelo menos aqui. E esse final de semana em SP serviu muito para isso.
Explico, novamente: estivemos, eu e essa mocinha da foto aí de cima (minha sócia, a Fernanda), no Social Media Brasil 2011, um evento voltado para debates/palestras sobre Mídias Sociais, Marketing Digital e etc. Não vou abordar aqui o assunto, para isso temos outro lugar, mas esse foi o fato que causou a revolução mental de mim mesma nesse domingo. Tá, talvez os 10ºC em Porto Alegre quando eu cheguei que tenham ajudado a bagunçar meus neurônios também. Mas mudanças assustam, né. Já diziam nossos professores de Recursos Humanos e Endomarketing na Faculdade. "As pessoas têm resistência à mudança". E a gente acha que isso só acontece lá no chão de fábrica de uma indústria, e que aqui, nesse mundinho moderno em que a gente é jovem as coisas não são assim.
Mas são. Tanto.
São bem assim. E eu arrisco dizer que é pior, porque a gente não enxerga direito. A gente se atravessa nas próprias decisões, fica com medo do outro lado da rua, de trocar férias por incertezas e de ter que ir muito à luta, inclusive nos finais de semana.
Eu conversei com um amigo muito muito muito especial no telefone hoje, e me peguei falando uma coisa que, depois de desligar, serviu de lição pra mim mesma: EU ACREDITO. É isso. É o que faz a gente deixar o conforto para mais tarde, é o que faz a gente pegar mais resfriados por um ideal, é o que faz a gente esquecer como é a própria sala de casa de tanto que passa os dias na rua.
As coisas em que a gente acredita. Eu devo ter uma lista delas.
E hoje, a mais importante, é a Altos Eventos. A empresa que eu e essa baixinha aí da foto criamos enquanto tomávamos um café. Tá, não foi tão simples assim... Mas teve essa leveza. Teve os tempos certos, teve paciência, teve medo, teve tanta mistura de sentimento que dava pra fazer salada de frutas.
E a partir de agora, a gente passa a funcionar dentro da Nós Coworking, com dedicação super exclusiva a esse projeto, que é, de longe, a coisa em que eu mais acreditei em toda a minha vida. A sorte é que eu tenho apenas um metro e sessenta. Ou seja: ainda dá pra crescer muito.
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Observações vitais:
- o texto está confuso, eu sei. mas resolvi deixar assim.
- se você quiser conhecer a Altos Eventos: www.altoseventos.com.br
- essa aí da foto é a Fernanda Meixedo, uma das pessoas mais maravilhosas que eu já conheci. e, não por acaso, minha sócia.
- a gente está organizando em porto alegre, entre outros eventos, o www.circuito4x1.com.br
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Se eu pudesse definir o que significa a palavra "fé", diria: é essa sensação de acreditar com a alma nas coisas que fazem a vida da gente vibrar em todos os cantos.
Oi Mariana,
ResponderExcluircontinuo acompanhando seu blog. Gostei muito da "definição" de fé. Gosto muito do seu pensamento, a maneira como vê as coisas. Um abraço, Renato
Sei bem o que isso de acreditar no que se quer. Tb quero abrir meu próprio negócio e hoje sinto que estou no caminho certo e muito focada nos meus objetivos e planos. E claro, acreditando sempre!!
ResponderExcluirAdorei e concordo muito com o com o conceito de fé. Tb me vejo assim.
Boa sorte nessa nova etapa de vida.
Beijos.
Mari, fico ateh com medo de dizer que eu entendi teu texto!!!heheh
ResponderExcluirMomento muuito parecido com que eu to vivendo...cheia de duvidas, medo mas eu acredito que estou fazendo as escolhas certas!!!
Boa sorte p ti amiga...e alto eventos ;)