imagina que incrível seria tomar banho de fernando pessoa? ou de machado de assis? até de oswald de andrade, por mais doido que ele tenha sido, eu tomaria uma ducha. eu queria muito ter sido convidada para a semana de arte moderna em 1922, mas como eu não consegui viver naquela época, só me resta ler e reler esses malucos hoje em dia. a faculdade e o trabalho fizeram com que eu deixasse um pouco de lado a minha mania de ler todos os livros da literatura brasileira que eu tinha durante o colégio, mas acho que isso está de volta agora. explico: hoje fui com dois amigos queridos no museu da língua portuguesa, aqui em são paulo, e fiquei muito emocionada ao ler, ouvir e curtir poemas e poesias. vídeos e músicas. uma experiência maravilhosa.
algumas reflexões:
se as crianças e adolescentes tivessem a oportunidade de estudar literatura dentro de lugares como esse, talvez a gente tivesse mais gente gostando de machado de assis que do crepúsculo.
quando a gente consegue transformar qualquer coisa em experiência, tudo fica diferente. ler um poema de fernando pessoa é legal. mas ter que pular em cima de um sensor para o poema ir passando e a gente ir lendo é uma experiêcia. ler outro poema de fernando pessoa é legal, de novo. mas ter que entrar num labirinto de espelhos para conseguir ler o poema, que está ao contrário, é uma experiência. ler um livro com os poemas de fernando pessoa é interessante. sentar numa mesa enorme, com uns 30 livros dele para olhar, trocar com a pessoa do lado, dar a volta na mesa, pegar outro e perder a noção do tempo ali é... uma experiência. bingo. moral da história: mais experiências. tá?
e para terminar, vou dar uma volta pelo shopping, ver se eu encontro um banho de espuma cheirando a álvaro de campos ou um sabonete estilo alberto caeiro.
e vai que essa moda pega?
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