Eu acabei de me dar conta que a propaganda não é a alma do negócio. O desapego é que é. E eu pensei isso porque estou definitivamente jogando fora/doando todas as coisas que não provarem servir para, pelo menos, alguma coisa na minha vida. Eu olho para as coisas e elas têm cinco minutos para me falarem por que ainda andam por aqui enchendo as minhas gavetas, os meus armários e os meus devaneios. E se não falarem, não tem chance. Não adianta chorar.
E eu pensei nisso quando peguei um pedaço de caderno na mão. Eu já joguei quase todo ele fora, ficaram algumas páginas com anotações sobre um curso que eu fiz. Um curso sobre felicidade. É, você leu direito. Felicidade. Mas como assim? Dá pra aprender felicidade? Dá pra estudar felicidade? E a gente vai ficar lendo/escrevendo/estudando/revisando uma coisa que, originalmente, era feita só pra sentir?
O quanto a gente, oi clichê, complica tudo. A gente fica tentando entender coisas que foram feitas pra sentir. É claro que dá confusão. Imagina se a gente tentasse comer coisas que foram feitas pra, sei lá, transportar as pessoas? E se a gente tentasse conversar com outras coisas, que foram feitas pra decorar uma sala? Sim, isso parece engraçado. E tentar explicar um monte de coisa que foi feita pra sentir não é? Tipo a felicidade? Ou a amizade, ou o amor, ou o desejo, ou a saudade? Nada. Chega de bobagem. Deixa o olho brilhar, deixa o coração sentir, que ele foi feito pra isso.
Bom, mas voltando ao desapego, que era o assunto do meu post, resolvi isso para esse new year bem lindo que começou. Por mais antigo que seja aquele livro, por mais importante que pareça aquela peça de roupa que a gente não usa há décadas, tem que sair, tem que mudar, tem que deixar fluir. É um exercício fantástico, quase nobre, eu diria. Tem que virar do avesso a energia da vida, tem que mudar tudo e ver o que acontece. Porque o que acontece quando a gente não muda nada, convenhamos, a gente já cansou de saber.
super concordo e to no mesmo clima: desapegar pra dar mais espaço pro novo que precisa chegar. beijo, mari! um baita 2012 pra ti!
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