sexta-feira, 19 de novembro de 2010

a minha suprema felicidade.


será que ser feliz demais cansa? 

dançar cansa. correr cansa, nossa. ficar rolando na cama sem conseguir dormir... não parece, mas cansa. viajar por muitas horas, caminhar, andar de bicicleta. tudo cansa, e muito. mas será que ser feliz demais cansa? será que essa quantidade incrível de coisas dando certo na vida da gente vai sumir como num passe de mágica? será que tudo isso daqui a pouco vai embora pra acontecer na vida de outro alguém? 

não.

ser feliz demais não cansa. não passa, não termina. quando a gente alinha a nossa vida ao mundo, nossos desejos ao que realmente somos, nossos pensamentos ao que realmente interessa... não cansa. não passa. não desaba, não dá nó. só cresce, aumenta, flui sempre mais. 

dançar cansa, é, eu sei. mas dançar as suas músicas favoritas, durante uma noite inteirinha... cansa? trabalhar demais, dormir tarde, acordar cedo cansa. aham. mas ver seus projetos realizados, as lágrimas de emoção nos olhares que te apoiam não cansa. correr, caminhar, andar de bicicleta. tudo isso cansa. mas e a paisagem que a gente ganha? e os segredos que troca com o sol enquanto passeia? 

essa quantidade de coisas lindas que a gente conquista na vida não vai embora num passe de mágica. porque não foi num passe de mágica que elas vieram. elas foram construídas. passo a passo, dia a dia. ou no meu caso, noite a noite. 

ser feliz demais nunca cansa. ser feliz demais (e sempre mais) é externar nas suas conquistas tudo que você é. e se você absorver emoções legais, teatros, cinemas, músicas inspiradoras, filmes maravilhosos, livros revolucionários, beijos cheios de amor e abraços carinhosos... como vai externar qualquer coisa diferente de encantador?

sim.

e é aí que mora a beleza. pelo menos da minha vida.

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