sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

depois do alívio imediota.

o vídeo do alívio imediota, feito pelo mallet, me fez pensar muito durante esses últimos dias. e é por isso (e por todo trabalho que estou desenvolvendo, que me faz dormir às 3h30 da manhã e acordar às 8h no mesmo dia) que eu não consegui escrever nada ainda. 

mas vamos lá, vou tentar me expressar.

eu andei observando algumas pessoas que passam pela minha vida durante as tarefas da rotina, do trabalho, da faculdade, das amizades, enfim. quem elas são, quem elas acham que são. o que elas falam, o que elas comentam. o que elas reclamam e detestam. e eu não consigo deixar de perceber quanta gente fala mal de tanta coisa o tempo todo. sério, chega a ser triste. 

poucas coisas, na minha opinião, são totalmente ruins ou totalmente boas. aliás, nada é totalmente ruim ou totalmente bom. agora pensei que chocolate fosse totalmente bom, mas não. nem um pneu furado quando você tá de salto alto e vestido de festa pode ser totalmente ruim. sei lá. vai que esse tempo esperando (alguém trocar o pneu, óbvio, porque eu nunca trocaria sozinha) faz com que você fuja de um acidente, engarrafamento ou de uma festa furada mesmo. 

o que acontece na mente das pessoas é que elas não tem coragem suficiente para olharem para si e mudarem sozinhas as próprias vidas, e então passam a colocar no mundo todo a responsabilidade que é delas. é sempre assim. comigo é assim, com você é assim. com o porteiro do prédio, com o seu dentista. com o seu ex namorado, com o seu futuro namorado. sempre é. o vídeo do mallet mostra uma realidade que a gente já sabe: sempre tem alguém tentando vender uma solução mágica para problemas impossíveis. mas (e eu não canso de repetir) é tudo uma questão de marketing. pessoal, se tem gente vendendo, é porque tem gente comprando. e a gente sempre compra. não são os outros que nos enganam, a gente se deixa enganar. a gente acredita que a dieta realmente funciona, que o empréstimo tem juros baixos e até pode fazer planos para todo dinheiro que ganhar na mega sena (mesmo sem nunca ter jogado).

se você criar uma religião agora, bem agora, e ela fizer com que você consiga alinhar a sua vida, trabalhar com determinação, manter boas relações com as pessoas que estão ao seu redor e consiga ser uma pessoa mais feliz e mais serena, eu assino embaixo e digo: que linda a sua religião. por que eu vou te atacar e dizer que a sua religião não tem base? fundamento? teoria, filosofia, sei lá. simplesmente por falar mal? mas a religião funciona, dá pra ver em você, na sua pele mais bonita, nos seus dias mais alegres, no seu saldo bancário e nas férias na disney com os filhos. funciona. 

então a moral da história é a seguinte: tem gente que anda falando mal de tudo o tempo todo, e gente que anda procurando em cápsula de multivitamínico a solução para toda a alimentação errada que consome durante um dia. e isso, gente, não funciona. o que funciona é fazer o jogo certo, limpo, escolhas felizes e com muita disciplina para chegar onde se quer. e agora me dei conta do mais triste nisso tudo: as pessoas imediotas talvez nem saibam o que querem.

(inspiração total no meu querido amigo ricardo mallet)

Um comentário:

  1. Mari: fantástica a tua reflexão. Obrigado pela referência. Acho que até poderíamos fazer um livro juntos. O que acha? ;)

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