sábado, 23 de outubro de 2010

esconderijo.


pela primeira vez me pego com ciúmes de você. logo agora, bem agora. depois de tudo que falamos, depois de tantas ideias, teorias e filosofias. cai tudo por terra. e eu aqui morrendo de medo de te perder (talvez sem nem ter ganho você). prefiro ir para casa. talvez porque ela esteja vazia, e eu adoro quando isso acontece. talvez por medo de mais envolvimento com a tua pele. eu procuro acreditar no que eu penso, no que a minha racionalidade me diz ser mais funcional. mas minha emoção agora toma conta de tudo. até dos meus objetos, das músicas. sou toda emoção. por isso prefiro o silêncio das palavras de uma canção. calma, pra contar nos dedos. beijo, pra ficar aqui. teto, pra desabar. você, para construir. procuro a solidão, como o ar procura o chão. a música se chama esconderijo. e talvez tenha sido no meu próprio esconderijo que você tenha vindo me encontrar.

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