Se a gente vira a página de uma folha que foi completamente escrita, tem boas possibilidades de encontrar uma página em branco, pronta para receber uma nova história. A sua história. Entretanto, é preciso olhar mais para as próximas páginas, que para as linhas que se foram. Os pedaços de momentos escritos lá para trás ainda ficam no mesmo livro. A gente não perde. O que não podemos fazer é escrever em cima do que já passou. Rabisca demais, fica ilegível. Temos que ler e metabolizar esta página que hoje nos olha, tirar lições das suas frases, ajeitar a pontuação, deixar as palavras mais perto da nossa perfeição e virar.
É quando a gente aprende a virar a página e enxergar a beleza do vazio de não saber, não entender, não poder controlar que a gente começa, de fato, a escrever de novo.
Amiga, tu é fantástica!
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