quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ressaca de nós dois.


Vazio é assim: você chega em casa, alguém tirou um móvel do lugar e você não sabe onde ele foi parar. Aliás, nem sabe direito que móvel levaram embora. A sua cama, o sofá da sala, talvez a geladeira. Você fica procurando, procurando. Você sabia como as coisas eram, onde elas estavam. Agora a sua casa talvez tenha móveis que você nunca viu. Não quis. Não reconhece. Sabe quando a gente acorda no escuro e sabe o caminho para ir ao banheiro sem bater em nada? É isso. Agora a gente se debate numas coisas que ontem, eu juro, não estavam ali. E isso dói horrores. 

Tá. Mas chega de resmungar. Sempre vai ter uma coisa pra doer, sempre vai ter uma coisa chata pra resolver, sempre vai ter um dia de trabalho difícil pra viver. Sempre. A moral da vida não é o que acontece, lembra? A moral da vida é o que a gente faz com o que acontece com a gente.

Eu encomendei o sol. A semana toda. Ele veio. Eu sabia que essa semana ia mudar a minha vida. Mudou. Da maneira totalmente contrária à que eu esperava. Mas azar. Joguei pra cima, pro alto, o mundo que se vire, porque eu tenho certeza de que eu fiz (e tanto) a minha parte. Agora eu tomei conta de mim de novo, e o universo que se encarregue do resto.

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