terça-feira, 13 de setembro de 2011

um dos melhores filmes desses tempos.

Ninguém tiraria da minha cabeça a ideia fixa do dia de hoje: ir ao cinema ver o filme "Ces Amours Là", falando em francês porque achei lindo, mas a tradução para o português é "Esses Amores". Sozinha, acompanhada, na última fila, no último horário, eu iria. Tinha que ir. Tinha que ser hoje. E eu fui.

Uma das coisas que as pessoas gostam de questionar sobre a vida (no caso, a minha vida) é a intensidade. É a pressa. A falta de paciência de esperar. O desejo de ir sempre lá e fazer. De me apaixonar a cada dia, de achar que tudo que eu conheço, encontro e quero é incrível. 

E depois? Depois vai vir mais uma coisa que eu vou conhecer, encontrar e querer e vai ser mais incrível ainda.

Pausa para um pensamento nobre de Clarice Lispector:
"Eu não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito."

Voltando.

Eu (ainda) não quero pensar muito no depois de amanhã, eu sequer penso direito no amanhã. Eu penso no agora. Aliás, eu nem penso tanto. Eu sigo. Sabe? Vou seguindo. Seguindo sei lá o quê. Mas eu estou seguindo. Deve ser por isso que eu gosto tanto de uma música que diz: "mesmo espalhados ao redor, meus passos seguem um rumo só..." 

E quando o filme começou eu tinha certeza que estava na história certa. Naquela, e nessa que eu vivo hoje. Nessa segunda-feira que eu sabia que ia revelar muito de mim para mim. Que ia fazer eu montar o altar de mudanças, que eu ia selar com muita paz tantas coisas dentro de mim. É, "é incrível a fertilidade do caos". E isso eu vi ali no filme. E espelhou a minha vida. Onde será que ficou a primeira escolha que gerou toda essa onda de mudanças? Onde será que eu fui por um lado, mudei os caminhos, decidi meus destinos? Onde foi?

E o que vem agora? O que vem dessa decisão aqui? Desse altar em homenagem ao que fica na segunda-feira e ao que segue em diante comigo a partir da terça? Ficam as flores, os meus deuses, a fotografia e a luz. Ficam em paz. É, chega.

Não, o amor vem comigo. Ainda estou voltando. Afinal de contas, como sabiamente disse esse filme de hoje à noite: "O amor é uma viagem cuja volta é mais cara que a ida". Bem mais cara, eu diria. E bem mais difícil. 


E quem conseguir, assiste, vai...

2 comentários:

  1. "Uma das coisas que as pessoas gostam de questionar sobre a vida (no caso, a minha vida) é a intensidade. É a pressa. A falta de paciência de esperar. O desejo de ir sempre lá e fazer. De me apaixonar a cada dia, de achar que tudo que eu conheço, encontro e quero é incrível." Mariana, você estava falando de mim ou de você? kkkkk me identifiquei muito com essa fala. Principalmente no que se refere a me apaixonar pelas coisas e pelas pessoas achando tudo incrível. Olhar de criança pro parque de diversão... Bom dia!

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  2. é por isso que eu escrevo. para me identificar assim com pessoas como vc. :)

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