domingo, 11 de setembro de 2011

um grande deus para você.


Cheguei agora da celebração da vida de um dos amigos mais próximos do meu pai. É, ele morreu. Morreu e fomos celebrar a sua vida. Com música, fotos, movimento e sentimento. 

Por que chorar a morte de alguém que brilhou, se podemos chorar a sua vida?
Por que sofrer em silêncio num velório, se podemos lavar a alma numa harmonia?

Não vem ao caso qual Igreja, qual templo, qual ambiente, qual prédio, qual livro, qual escritura. Vem, sim, e muito, ao caso, qual a percepção. A percepção da vida, do que se faz dela e do que se aprende com o que se experiencia. 

Por que vivemos lutos de preto e no escuro? Por que insistimos em não entender, ao invés de insistirmos justamente para entender? Acho que temos diversos lutos em nossas vidas, e todos eles tem um propósito. Deus, qualquer que seja ele, tem propósitos. Fiquei pensando muito durante esse tempo, durante as minhas lágrimas por essa pessoa querida que se foi e acho isso:

A religião é a forma que as pessoas encontraram de contar histórias. As suas histórias. Grandes profetas, grandes padres, pastores ou qualquer coisa do gênero são pessoas que souberam contar histórias de forças maiores. Buscaram entender a sincronicidade, os fatos, as ações e as reações do que escolhemos, fazemos e vivemos. Sei lá qual a sua religião. Não se sinta culpado por não frequentar uma Igreja ou outra. Não se sinta culpado se o seu Deus não tem nem nome. Nada.

Apenas tenha uma força. Acredite numa energia qualquer. Violeta, amarela, branca. Na Bíblia, no livro de autoajuda que você esconde porque morre de vergonha (mas que te ajuda, sim!), nas coisas que alguém querido lhe fala, nas velas que você acende, nos símbolos que lhe trazem paz. Não interessa o que são. Não interessa o que traduz a sua fé, interessa que ela exista. Para que exista um propósito. Para que não apenas a sua vida valha a pena, mas a sua morte também. 

E quando a morte de alguém que você ama acontecer, procure paz. Chega de perguntarmos os porquês, vamos nos perguntar agora para quês. As coisas todas acontecem com um motivo. Pare de lutar contra essas coisas e busque sorrir quando encontrar os motivos. É nos motivos da sua vida que habita a paz que você precisa: a sua própria. 

O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa.
(Livro dos Salmos 144:4)

Um comentário:

  1. A vida dos homens é um sopro. Quando bem vivida, esse sopro se torna música em forma de assobios.

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