segunda-feira, 13 de junho de 2011

nada que um bom filme argentino não resolva.




El hombre de al lado, Argentina, 2009


Tava tudo nublado por aqui, e eu resolvi ir ao cinema. A ideia foi ótima. Saí de lá uns dez quilos mais leve, o que é bem relevante para uma pessoa que não pesa nem cinquenta. Sentei em cima de três almofadas no cinema do Instituto NT, praticamente um sonho, porque elas são poucas e quando tem mais gente na sessão mal dá para pegar uma. A moça super querida do café fez um chocolate quente que a gente podia tomar dentro da sala, onde 24 graus nos faziam companhia. Incrível, quando do lado de fora a gente não tem nem uma dúzia deles. O filme é parado. E justamente por isso é ótimo. Eu costumo gostar dos filmes da vida, do que a gente sente. Sabe. Ok, concordo que muitos filmes tipo Matrix, Avatar, Senhor dos Aneis e cia são importantes, não sei para quê, mas enfim. Eu prefiro esses de ficar pensando na vida e assistindo. Sabe? Sabe.


Desde que a gente tinha ido ver Lluvia na outra semana fiquei super apaixonada por filmes argentinos de novo, e meio braba comigo mesma por estar afastada daquelas sessões que eu promovia para mim mesma, depois de passar na locadora, ficar meia hora conversando com o carinha e levar uns sete filmes pra casa.

Descobri que esse filme ganhou o Festival Sundance como melhor fotografia, e foi justamente o que mais me chamou a atenção. E eu não sei se é impressão minha, ou uma leitura muito doida, mas esse buraco na parede, em torno do qual o filme acontece, é uma metáfora super interessante da vida do protagonista. Como sempre, eu não critico os filmes, apenas escrevo alguns olhares entre os ruídos. Então melhor você assistir e filtrar como for.

Eu fico por aqui, entre uns graus a menos fora, uns graus a mais dentro. Um chocolate quente que valeu como um abraço, e a lembrança de mim mesma amando quem está longe bem no meio de uma briga inventada pra desafogar a alma. E talvez fugindo para o cinema para colocar um pouco mais de arte nessa vida linda. 

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