domingo, 27 de fevereiro de 2011


que mania essa de acreditar no amor.

saudades do mar.

é difícil escrever sobre o amor...

mas ainda bem que alguns privilegiados conseguem.





_ _ _ C _
por Fabrício Carpinejar

O relacionamento é um bicho-de-sete-cabeças. Cabe decepar cinco delas e deixar duas pensando. Não permitir que outras cabeças intrusas mandem mais do que o casal, ainda que seja a mãe, a sogra, a melhor amiga ou amigo. 

Aprendi a amar jogando Forca na escola. Deduzir as letras que faltam para não deixar morrer a linguagem. 

É evidente que complicamos o amor. Pois o amor nos torna confusos, eufóricos, instáveis.

Nada apaga a incerteza do começo.

Quando se fica junto e ainda não se tem convicção do enlace.

Qualquer sinal pode aproximar ou sacrificar o início.

Nenhum dos dois confessa o namoro. Ficam juntos, não conseguem voltar para casa, arrumam pretextos e não se fala o que se queria. Ambos rodeiam com palavras outras para se aproximar da palavra aquela.

Já descobriram a intimidade, a empatia, as afinidades, mas há o medo de apressar. 

Mas há também o medo de demorar.

Como é difícil acertar o ritmo de fora com o ritmo de dentro. 

O abraço serve para apartar o excesso de palavras, assim como no boxe serve para conceder trégua aos socos. Quanta violência na vagueza. É dormir de tarde e acordar de noite.

O amor rouba o fuso, o contexto, a simplicidade. É uma mudez carregada de fragilidade. Apaga-se a luz para diminuir o medo de não ser aceito.

O amor aperfeiçoa os defeitos. Os defeitos ficam charmosos, simpáticos, expansivos. 

O amor devolve a transfiguração. A realidade não basta.

Percebe-se no lampião sua touca de vidro. E se acha graça do fogo usando touca de banho para não molhar os cabelos. 

De repente, se está rindo sozinho do absurdo de ver mais do que se deveria, pelo excesso de contingente da imaginação. 

O que era impensável parece adequado. Não se enxerga somente o passado de quem se ama, mas o que se oferece de futuro.

Da mesma forma, nada apaga a incerteza do final. Volta-se ao mesmo "não-sei-o-quê", o doloroso balbuciar destinado a encerrar uma história.

Nenhum dos dois pede a conta - o temor de que o estrago seja maior que o fundo.

Não se toma partido, a iniciativa. Há o risco de errar feio ao se enganar com a previsão.

Calam-se e discutem por qualquer coisa porque não se tem coragem de discutir o que interessa. É um estado de nervosismo permanente, de vulnerabilidade extremada.

Vontade de terceirizar a vida e deixar que os outros administrem e tomem as decisões em nosso lugar.

Vontade de largar a casa, os móveis, mudar de identidade e retornar assim que tudo estiver resolvido.

A falência amorosa é como a falência de uma empresa. As centenas de funcionários demitidos são as lembranças. São postos na rua preceitos, frases e ideais antes caros à memória.

A indefinição é o que faz o amor permanecer ou ir embora. E não existe modo de diminuí-la.

Talvez a vida seja curta para cumprir as expectativas, talvez seja longa para entretê-las. 

Que o amor seja indefinido para durar. Só se fala do que se tem necessidade de compreender.

vou dormir assim.


(como se fosse) em paris.

em breve, carpinejar.


O que se adia não será cumprido depois.
(Carpinejar)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

às vezes me perco no que sou.


não como nenhum tipo de animal morto. adoro coca-cola. queria ter mais paciência para assistir televisão. eu quase sempre ajo por impulso, mas prefiro trabalhar mais os impulsos do que deixar de tê-los. eu acredito no amor, nas pessoas e num mundo beeeem melhor. eu sonho pra caramba, eu adoro chocolate. eu sempre esqueço de almoçar. eu tenho uma lista de 100 coisas que eu quero fazer. até semana que vem, praticamente. quando eu faço uma delas, logo invento outra. eu falo pelos cotovelos, mas aprendi a ficar totalmente em silêncio e isso é incrível. vivo sozinha, e isso me faz a pessoa mais feliz desse mundo. sou viciada em música, em dormir tarde, nos meus quatro travesseiros e na minha coleção de canecas. eu amo fotografia, e adoro brincar de revê-las com os olhos dos outros. eu ainda quero ir para paris, isso nunca vai mudar. eu poderia comer brócolis eternamente em todas as refeições, e poderia viver pelo mundo com um tênis colorido e muitas janelas para abrir. eu posso ser muita coisa, e todas ao mesmo tempo. eu passei a demorar mais para abrir as portas. e isso é mágico. acho inviável gostar de quem não gosta de mim, eu às vezes surto de teimosia do que eu quero, ou acho que quero. eu nunca desisto, e acho que isso já me fez chegar em alguns lugares legais. 

eu às vezes me perco no que eu sou, mas isso também é incrível, porque retornar a descobrir me faz ainda mais completa. 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

life moves on.


I'm gonna start taking photos with my hands.

aprendizado.


sempre dá pra cair.
porque sempre dá pra levantar.

a caca me mandou e eu amei.


"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você consiga deixá-las para lá. As coisas dão mal para você aprender a apreciá-las quando estão boas. E às vezes, coisas boas se separam para que coisas melhores ainda se juntem" (Marilyn Monroe)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

gostei.

não sou a maior fã da martha medeiros, mas às vezes vale a pena, tipo essa...

Amigar-se consigo também passa pelo que muitos chamam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom para si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outros? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

coisas de um momento.


os acontecimentos pertencem aos momentos...

a gente nunca vai saber quando os momentos vão e vem, quando aquelas coisas vão ser as primeiras de muitas ou quando vão ser simplesmente as primeiras e últimas. a gente nunca sabe, mesmo, qual ida terá vinda, qual beijo é de despedida, qual dia é de um final. a gente nunca sabe que momento vai se tornar especial pra sempre, a gente nunca sabe qual dia vai ser mais complicado, mais triste, mais quieto, mais silencioso. a gente também nunca sabe qual dia vai se tornar eterno em nossas mentes, vai marcar nossos corações e vai fazer a gente sorrir com os olhos sempre que lembrar dele. quanto aos dias que já se foram, a gente não tem mais nada para fazer, a não ser deixar que a doçura tome conta das recordações. existem coisas que ficam lá atrás no tempo. 

a gente nunca sabe quais são as últimas palavras, as últimas lágrimas, os últimos olhares. às vezes sequer há chance para falar. a gente nunca sabe. 

e é por nunca saber de quase nada (apesar de viver achando que sabe tudo) é que a gente tem sim, que viver e deixar viver. os momentos são únicos, são feitos daquele instante e de mais nada. e todos eles são uma chance de fazer com que a vida seja muito, muito mais feliz. 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ouse-se.


jump into yourself.

o mundo todo.


preciso ir para paris, passando por buenos aires e enchendo meu mundo de amores. eu quero o mundo todo. quero viajar para a indonésia, para a índia e para londres. quero me encher de fotografias, abrir os olhos e pensar diferente. quero ir para a califórnia, quero aprender a surfar as ondas do lugar que eu escolher. preciso querer sempre mais. preciso andar sozinha, viajar comigo. eu quero os amigos verdadeiros, quero as cidades mais sensíveis, as pessoas mais serenas. preciso ir para paris, passando por buenos aires. e enchendo meu mundo das mais belas cores.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

o que é o amor?


alguém aqui sabe o que é o amor?

fiquei pensando durante um tempo se a gente realmente conhece o amor nessa vida. se a gente vai conseguir parar de jogar os jogos errados e conseguir alinhar a vida por ela mesma, a ponto de então viver uma experiência sensacional e única de um amor. a maioria das pessoas não conhece o amor. conhece alguma forma de relacionamento. a gente namora, casa, podem ser experiências legais em alguns aspectos. sei lá. mas amor é outra coisa. amor deve ser muito maior, deve vir de dentro com muito mais força, deve ser independente e maravilhoso. talvez sejam duas pessoas felizes e conectadas de uma maneira legal que criem esse tal amor, e ele vai crescendo e cada vez sendo mais... amor. mais amado, mais carinhoso, mais sincero e mais completo.

e como eu acredito que o amor seja algo difícil de conquistar, e talvez quando ele chegue a gente se encontre fora de forma pra viver, ele requer paciência... paciência porque os erros vão acontecer, paciência porque de repente a gente vai se atrapalhar, a gente vai ter que reajustar a vida nesse contexto novo. mas se é amor, e se é pra ser... ele vai acontecendo. ele vai simplesmente sendo. ele sabe ser amor, ele sabe ser maior.

e muitas coisas que as pessoas acham que é amor. para mim não são. ciúmes não é amor, possessividade não é amor. cobrança não é amor, falta de produtividade não é amor. não sentir a energia da vida e de coisas que valem a pena perto de alguém... não é amor. neurose, briga, desconfiança. nada disso é amor. então quem sente essas coisas, quem se torna alguém assim, obviamente nunca vai conseguir viver um amor. a tarefa de casa então é limpar tudo. é ser uma pessoa feliz sozinha, realizada e independente emocionalmente. quem conseguir isso e tiver um sorriso nos lábios e uma vontade imensa de viver vai, sim, viver um grande amor.

portanto, limpe a sua casa, a sua vida. é isso que tenho feito por mim. errando e acertando, sim. muito. mas cheia de tesão pela vida, de vontade de fazer tudo acontecer. e se for para ser, esse amor aí vai me acontecer. 

just take it.


mesmo que não pareça, no final, 
a responsabilidade é sempre, sempre e sempre
SUA.

era isso...


tudo virado, revirado. revivido. modificado. tô andando pra lá e pra cá. fazendo coisas e falando da vida com quem sabe viver. pés pra cima? só se for pra voar com a cabeça no chão.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

algo assim.

Paris, eu te amo. Meu sorvete preferido. Chuva. E sentimento.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

black swan.


tenso. denso. neurótico. anoréxico. deprimente. esquizofrênico. triste. avassalador. doente. dependente. frustrante. escuro. lacrimejante. nervoso. complexo. inquietante. sem cabimento. sem precedentes. difícil. 

merece o oscar.
e muitas sessões com um psiquiatra.

acordei assim.


uma vez escrevi um super texto sobre menos é mais. adoro. um dos poucos que eu releio. poucas coisas falam muito sobre mim. o jeito de estar sozinha comigo mesma no meio de muita gente falando ao mesmo tempo. meu jeito de não parar de pensar em ideias de mudar o mundo até quando durmo. e essas coisas é que são sempre mais, que sempre somam, que sempre fazem sorrir. as conexões que dão certo entre as pessoas. a vontade de crescer, de fazer algo por si. menos é mais quando é mentir menos para si. é mais transparência, mais leveza de viver e mais convivências que formam laços verdadeiros e construtivos. menos é muito mais quando é menos apego a coisas inúteis. momentos, pessoas, frases, pensamentos, livros e movimentos podem ir e vir. mas você, o que você é na sua essência fica aí. aí dentro. e é essa a chave da sua felicidade: o que você faz com o que fica.  de tudo, de todos. do que é mais, e nunca do que é menos. 

se não é o motivo certo, ou o momento certo, não pode ser a escolha certa.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

5 dicas para o seu blog (Casa de Arte)

Desenvolvi essas dicas para o blog da Casa de Arte, mas achei legais, então vou postar aqui também!

- Você tem um blog? -

Oi gente querida!

Enquanto a série de 5 dicas para cortar seus tecidinhos não chega, viemos aqui dar outras 5 dicas para você que tem ou quer ter um blog e não tem a menor ideia do que fazer, ou de como começar. Talvez no final das contas sejam mais que 5 dicas, mas a gente espera que de alguma forma ajude você a se encontrar mais nesse mundo totalmente virtual que a gente vive hoje! E qualquer dúvida que ficar, manda para cá que a gente responde muito.

1. Escolha o site que vai hospedar seu blog. Os mais usados hoje em dia são o Blogspot (esse que a gente usa aqui) ou o Wordpress. Particularmente a gente acha o Blogspot ideal para quem está começando, super fácil de usar e cheio de dicas para quem não entende nada de layout. Você entra em www.blogger.com e se cadastra para começar seu projeto. O mais legal é que esse serviço é totalmente grátis! 

2. Tenha em mente um objetivo para o seu blog. Seja escrever coisas pessoais suas, para divulgar seus trabalhos, para pesquisar referências e dividir com seus amigos e parceiros de trabalho, enfim. Defina para que serve esse blog. Assim, quando estiver em busca de ideias para escrever ou organizando seus assuntos, você não corre o risco de perder tempo com o que não tem a ver com o objetivo principal.

Quer um exemplo? Digamos que o objetivo do seu blog seja criar relacionamento com os seus clientes, mantê-lo mais próximo de quem gosta da sua marca: Enquanto você tiver isso em mente, vai definir um passo a passo de como esse relacionamento deve ser feito. Quando um cliente comenta, você vai sempre responder de volta? Se ele tiver blog também, vai entrar e conhecer o blog dele? Vai cadastrá-lo no seu mailing para enviar novidades para ele também? Se o objetivo é venda pela internet, por outro lado, você deverá focar em vender e atender da melhor maneira os pedidos de vendas, e não cuidar apenas de responder recados e comentários. Ok? Ficou claro?

3. Depois disso, comece a pensar no design do seu blog. Você pode procurar referências de sites que você gosta, cores que lhe agradam (e que combinam com a sua marca), como você prefere o cabeçalho, os gadgets (caixinhas de informações que seu blog contém). Essa etapa de repente demorará mais do que você imagina, e lembre-se que é sempre possível mudar alguma coisa que não ficou como você imaginava. O próprio serviço do Blogspot oferece diversas opções previamente formatadas para ajudar você nisso. 

Super importante: se o seu blog está relacionado a alguma marca, procure colocar elementos que lembrem a marca. É imprescindível que o logotipo esteja presente e de forma destacada, e que as cores utilizadas remetam a ele. Não crie um blog que seja totalmente diferente da identidade visual que a marca já tem no ponto de venda, em algum site ou perfil na internet, certo? Esses passos ajudam a criar unidade visual na mente do seu cliente, e isso gera sensação de organização e confiança em você.

4. Tags de conteúdos: Os posts que você insere no seu blog ficam organizados a partir de marcadores que você escolhe quando posta. Antes de iniciar a postar, organize mentalmente (ou até rabisque num caderninho) quais temas você vai abordar. Por que isso? Se você organiza com marcadores, quando alguém procurar por conteúdo, vai encontrar tudo que você postou sem dificuldade. Se você posta uma resenha sobre um filme e escreve como marcador a palavra "filme", essa mensagem ficará armazenada junto com todas as outras mensagens que também tem foram marcadas com essa palavra. Então escolha poucas palavras como marcadores (para que ninguém tenha que procurar demais até encontrar o que quer) e use sempre as mesmas, ok?

5. Espalhe por aí!!! Tudo pronto? Agora espalhe por aí. Conte aos amigos, passe adiante, repasse de novo. Faça as pessoas conhecerem você. E faça com que isso se torne um ciclo: você posta, conta pra todo mundo, as pessoas leem seu blog, comentam, você posta de novo, todo mundo lê de novo e assim por diante. 

Existem muitas outras dicas que poderíamos dar para vocês, sobre como analisar resultados, quantas pessoas estão lendo vocês, dicas para interligar o blog com outras redes sociais, enfim... Também existem livros e sites especializados que podem ajudar nessa construção. O importante é perceber que essa revolução das mídias sociais não é mais uma moda, não é passageira. É preciso que você também esteja lá, que seja alguém engajado e participativo, com conteúdos relevantes e ética na sua comunicação.

Esperamos que você goste!

Beijos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

que tristeza.

ontem me falaram o seguinte: mari, tu é a pessoa mais feliz que eu conheço! e eu pensei: sim!! eu sou. sou feliz com as coisas simples. sou feliz com um espresso bem forte, sou feliz com uma padaria bem lindinha e cheia de coisas gostosas. sou feliz com o meu trabalho, minhas escolhas, meus estudos, minha vida. mas hoje preciso confessar que senti uma tristeza muito profunda. sério. podem dizer que eu sou sentimental demais, que eu me abalo demais, ok. mas nada me deprime mais que ver gente adulta, profissional e teoricamente decente dando indireta ou tentando falar mal da concorrência de maneira indiscreta e estúpida. isso mesmo, estúpida. se você é incrível, diga isso aos seus clientes. não diga que o concorrente é menos, não julgue a maneira de fazer do outro. senão quem se queima é você. sério, estou profundamente magoada, praticamente em luto. palavras e frases totalmente desnecessárias as que eu li hoje, e sinceramente decepcionantes. sabe aquele concorrente que você admira, gosta das coisas que ele faz, até já pensou em fazer parcerias e tudo o mais? espere o tempo passar, de repente ele se mostra uma coisa completamente diferente do que você imaginava. 

mas nada como o tempo. e o tal do karma.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

banho de fernando pessoa.


imagina que incrível seria tomar banho de fernando pessoa? ou de machado de assis? até de oswald de andrade, por mais doido que ele tenha sido, eu tomaria uma ducha. eu queria muito ter sido convidada para a semana de arte moderna em 1922, mas como eu não consegui viver naquela época, só me resta ler e reler esses malucos hoje em dia. a faculdade e o trabalho fizeram com que eu deixasse um pouco de lado a minha mania de ler todos os livros da literatura brasileira que eu tinha durante o colégio, mas acho que isso está de volta agora. explico: hoje fui com dois amigos queridos no museu da língua portuguesa, aqui em são paulo, e fiquei muito emocionada ao ler, ouvir e curtir poemas e poesias. vídeos e músicas. uma experiência maravilhosa.

algumas reflexões:

se as crianças e adolescentes tivessem a oportunidade de estudar literatura dentro de lugares como esse, talvez a gente tivesse mais gente gostando de machado de assis que do crepúsculo.

quando a gente consegue transformar qualquer coisa em experiência, tudo fica diferente. ler um poema de fernando pessoa é legal. mas ter que pular em cima de um sensor para o poema ir passando e a gente ir lendo é uma experiêcia. ler outro poema de fernando pessoa é legal, de novo. mas ter que entrar num labirinto de espelhos para conseguir ler o poema, que está ao contrário, é uma experiência. ler um livro com os poemas de fernando pessoa é interessante. sentar numa mesa enorme, com uns 30 livros dele para olhar, trocar com a pessoa do lado, dar a volta na mesa, pegar outro e perder a noção do tempo ali é... uma experiência. bingo. moral da história: mais experiências. tá?

e para terminar, vou dar uma volta pelo shopping, ver se eu encontro um banho de espuma cheirando a álvaro de campos ou um sabonete estilo alberto caeiro. 

e vai que essa moda pega?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

a gi tem um blog.

a gi agora tem um blog, eu adorei. começou muito bem, com um texto maravilhoso. leia aqui.

(...)

"São muitas as mulheres que pertencem a esta classe, mulheres diferenciadas por potencial, ambição e inteligência, que buscam algo a mais, quase sempre sem saber exatamente o que é."

o texto é maravilhoso. as essa parte em especial me inspira. sim, eu quero sempre mais. sempre foi assim. e quem não quiser, não concordar, ou achar que isso não serve, pode ficar no meio do caminho. sem problemas.

beijomeliga.

inspire-se.


"lutar pelo amor é bom
mas alcançá-lo sem luta é melhor ainda"
(shakespeare)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

o que é incrível?


eu tenho mania de falar a palavra incrível. sempre. e aí hoje me questionaram sobre algum critério do que realmente é incrível. deve ser porque eu ando falando incrível pra muita coisa. ok. vamos lá. minha resposta foi alguma coisa do tipo: "incrível é alguma coisa que me faz muito feliz, que é cheia de vida, de energia, de coisas boas, de amizade, de crescimento. pode ser um café, pode ser um projeto super complicado. do mais sutil ao mais complexo, incrível é o que é meu no momento em que é." pronto, falei. 

mas eu não consigo ficar quieta. então tive que vir aqui super desabafar porque mil coisas passaram na minha cabeça depois de responder isso. vejamos.

a primeira coisa que eu pensei é a minha dificuldade em aceitar/gostar/querer/curtir/etc qualquer coisa mais ou menos. qualquer coisa mal resolvida, meia boca, sem atitude, com jeito de que tanto faz. nada tanto faz na minha vida. ou é incriível, ou é horrível. esses dias me disseram que eu sou muito crítica, e eu super concordo.  sem entrar muito numa discussão se isso é bom ou ruim, apenas é. mas o fato de categorizar as coisas em incríveis ou horríveis deve vir disso, do fato de eu ser super crítica. nada tanto faz, eu sempre vou ter uma opinião formada. mesmo que eu nem fale sobre isso (e na maioria das vezes eu não falo, simplesmente guardo como referência e aprendizado só pra mim).

dito isso, preciso me apegar a uma frase daquela descrição sobre o que é incrível, que é esta: incrível é o que é meu no momento em que é. nessa frase está todo meu aprendizado desses últimos tempos. parece fácil, sim. mas não é. buscar o que é nosso, tomar conta da própria vida, aprender a se responsabilizar por tudo e mais um pouco, enfim. isso é incrível. quando uma coisa é sua, muito sua, naquele momento específico. não adianta bater cabeça pra que ela seja sua no momento errado. e adianta menos ainda querer uma coisa que não é sua, e deixar de enxergar critérios sensatos do que é ou não seu. 

se você é sincero pra caramba consigo, sabe o que é pra você. então vamos jogar limpo, tá. desapegar do que você sabe que não é para você (= horrível) e super procurar crescer para que tudo, de um café a um projeto enorme, se torne na sua vida algo realmente incrível.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

fui dançar.

sim, acabei saindo para comprar aquelas novas sandálias de prata. e não voltei mais. fui dançar.