terça-feira, 31 de agosto de 2010

sobre perder e transformar.


Foi assim: eu cheguei em casa e coloquei a música do Jorge Drexler, Todo se Transforma, para tocar. E fiquei pensando. Pensando. É, às vezes eu penso, rssss. Mas enfim. E pensando eu comecei a perceber quanta coisa na vida da gente vai se transformando sempre. Mudando mesmo. E quais são as coisas mais fáceis e difíceis de mudar. E o quanto a gente tem resistência às mudanças. E essa coisa toda.

Tem gente que muda tanto, que passa a precisar de tempo para se reconhecer novamente. Tem coisa que a gente tenta, tenta e tenta mudar, mas demora. Os processos de mudança, de transformação mesmo, com consciência e sentido, são complexos. Esgotam. A gente praticamente morre pra depois nascer de novo. E o luto faz parte. Esse silenciar quando as coisas estão sendo metabolizadas, esse isolamento controlado é produtivo.

Porque mesmo que pareça dolorido, que às vezes até apareça aquela vontade de chorar, evoluir é a coisa mais legal que a gente pode fazer pela própria vida.

E para fechar poetica e musicalmente falando...

Segundo Jorge Drexler, “nada se perde, tudo se transforma”. Mas segundo Mario Quintana, “nada se perde, tudo muda de dono.”

trocadilho no café da oca.


14:26
trocadilho no café da oca
eu adorei:

a cidade acorda.
e nesse final de semana tivemos três mortes.
ou quatro, dependendo do ponto de vista.

continuando.

escrever é silenciar por meio das palavras.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

é preciso.

triste mesmo é quando o silêncio não para de falar.

um pouco de revolta.



E foi então que chegou o anônimo.

Eu tava super a fim de deixar o blog de lado por uns dias. Quase estressada. Isso raramente acontece comigo. Eu nem gosto da palavra estressada, pra falar a verdade. Acho que só falar “estou estressado” já faz com que qualquer um se estresse. Se não na prática, ao menos literalmente falando. Bom, voltando ao anônimo. Eu tava na aula de logística (quase blé). E chegou um email. Um recado de alguém que escreveu anonimamente para mim aqui no blog. O tal anônimo me elogiando pra caramba. E daí eu pensei... Deixar de escrever? Porque estou esgotada emocionalmente? Fala sério. Puxei minhas próprias orelhas. Quase me coloquei de castigo.

E fiquei pensando: precisa de um anônimo na minha vida para me fazer voltar ao estado mental original... porque alguns conhecidos ultimamente estão deixando (muito) a desejar.

E o meu mega obrigada ao tal anônimo.

E não vou deixar de escrever coisíssima nenhuma.
este blog está temporariamente fora do ar.
assim como eu. preciso recuperar energias.

sigo amando.


tudo e nada. fecho as portas.
todas as portas. até mesmo frestas.
entretanto sigo te amando.
intocavelmente, é o que importa desse amor.
mas com as portas fechadas.

e assim agora vou dormir.


eu sabia que eu devia te ver.
algo me dizia, vinha de dentro, e em silêncio não parava de me falar.
que eu precisava receber teus sinais.
para te entender dentro de mim.
eu sabia que deveria ver seus olhos.

e os vi.
e foi como eu imaginava.
você já não está mais dentro de mim.

domingo, 29 de agosto de 2010

tipo.

dançar é tipo desenhar com os pés formas no chão.
viver é tipo desenhar na alma coisas que não se vão.

find yourself out.


O que você enxerga onde eu vejo cores? O que você tem visto onde eu vejo formas? O que você faz com as propagandas de revistas? O que você procura na internet? E onde tem uma parede? E um outdoor? E um artista na rua? O que você acha disso? O que você cria?

Eu vivo de cores, formas que vejo. Fotografia. Movimento, a qualquer momento. Eu vivo das coisas mais legais que consigo encontrar. Construindo ideias por aqui, me cercando das cores que me fazem inventar. E amar, cada vez mais.

E isso é meu. Totalmente meu.

o quanto se conhece.


Você conhece meu cabelo quando sai do banho. Você conhece minhas manias de lavar os pratos. Você conhece meu jeito de andar descalça em casa. Você conhece muito sobre mim, e isso me assusta como nunca. Você conhece minhas músicas, minhas fotos. E até meu jeito de tirar as fotos. Você conhece meus planos, sabe o que eu quero da vida. Você sabe o que eu tenho feito, me acompanha com cuidado. Você sabe quando eu viajo, você sabe onde eu ando. Você sabe onde eu não deveria andar, mas espera. Entende. Você sabe que eu vou voltar. Você está sempre lendo. O que eu escrevo, o que eu sou. Você sabe dos meus chocolates, dos meus cafés. Sabe que eu quero ir logo para a praia. Você conhece tanto que eu paro aqui de escrever. Porque se eu continuar, eu mesma vou descobrir que sei sobre mim muito menos que você.

I still hope.

mas eu ainda tenho esperança.
muitas máscaras caindo,
mas eu ainda tenho esperanças de que você se encontre...

by the way, atualizando esse post:
azar é seu. e blé.

sábado, 28 de agosto de 2010

bagunças.

eu crio bagunças, me perco por aqui.
e é assim que me encontro novamente.
(mas um pé de meia quase foi parar na lata de lixo)

aqui e ali.

eu aqui falando dela.
e ela ali falando de mim.

danish de la madre.



Hoje o dia estava cinza. Em alguns momentos mais cinza, em outros quase se rendendo ao delicioso sabor do sol. Eu acho que a maior tentação de um dia nublado é se render ao sol. Mas ele fica lá, todo nublado.

Fui dar continuidade à arte de iniciar pessoas ao danish da Barbarella. Fui iniciada por um amigo, e agora a tradição deve ser mantida. Então hoje por volta das 11h da manhã estávamos lá. Ela amou, claro. E depois disso fomos numa das lojas que eu mais adoro em Porto Alegre, inclusive já comentei aqui, a Casa de la Madre. E depois mostrei a ela a loja da LuGastal, outra fofura. Todas as manhas de sábado poderiam ser assim, bem danish de la madre com amigos e amor.

e quando tudo parece sem graça.

café bombom em cerro catedral, bariloche.
te mete, hein?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

blé.

e pra vc que vai ser sempre infeliz, meu blé mais sincero.

sobre moda.

Sim, são quase cinco da manhã. E eu estou trabalhando. Bem feliz.

Vim postar aqui sobre um outro lado meu, que eu resolvi compartilhar agora. O lado que adora moda. Pronto, falei. Adoro, vivo pesquisando, procurando tendências, estudando anos 50, 60, enfim... Sim, se você que está lendo convive comigo, eu analiso a sua roupa. Tava na hora de admitir isso. Eu vejo se você tem estilo, se você gosta de roupas confortáveis, se você curte acessórios, essa coisa toda. Eu adoro olhar, não posso fazer nada. Mas é como meu pai uma vez disse na beira da praia: “só me mostrem mulher bonita, por favor”, eu não mentalizo opiniões sobre as roupitchas alheias, eu simplesmente observo.

E tem alguns sites incríveis que eu sempre estou de olho. Um deles é a Oficina de Estilo. Comecei a ler essas meninas enquanto eu ainda morava na Itália, elas não tinham todo esse sucesso e repercussão de agora. E sempre foram engraçadíssimas e super atualizadas. Vale a pena.



E aos poucos vou postando aqui minhas criações (!!) e minhas ideias about it.
Tá ai, moda. Mais uma coisa que me inspira.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

aprendiz de feiticeiro.


Adorei o filme Aprendiz de Feiticeiro. Super Disney, ok. Mas adorei. Me senti criança ao me encantar com os efeitos especiais, quase acreditando em magia por algumas horas. Imagina que legal ter poderes de fogo, e essa coisa toda. Eu sou meio estabanada (notem que até a palavra estabanada já é estabanada), ia acabar queimando tapetes e cobertas pela casa, mas ia ser incrível. O mais interessante de tudo é que para conseguir usar seus poderes, o aprendiz precisa, antes de tudo, esvaziar a mente. E qualquer semelhança com a vida real, eu diria que não é coincidência. E só para constar: claro que eu tava super torcendo pela Monica Belucci, super senhorita do bem.

ensinamentos de alice, parte final.


Na dúvida, fique em silêncio.

Eu acho que você é louca. Maluca. Doidinha. Mas vou lhe contar um segredo: as melhores pessoas são.

Qualquer um pode viajar de cavalou ou trem. Mas o melhor mesmo é ir de chapéu.

Alice está sempre alta demais ou baixa demais.
(...)
E agora que você está do tamanho certo, não vá embora.

Não se consegue nada com lágrimas.

nada a ver.


por onde você anda. por onde você voa.
por onde você se meteu? por onde será que eu começo. por onde será que anda o amor. por onde se abre essa porta. por onde eu entraria em qualquer lugar. por onde você ficou. por onde foi que nos perdemos. por onde eu caminhei sozinha. por onde você pensou que ia passar? por onde eu quiser andar.

por onde eu ando, mesmo?
por onde eu quiser me levar.

(inspiration by rafa becker)

happy song.

quem convive comigo sabe que eu surto com algumas músicas. isso pode ser bom ou ruim, já que as que tem barulho demais me incomodam... não é chatice, eu juro. é que barulhos às vezes me irritam. ok, frescuras à parte, me perdoem, existem momentos em que eu vivo da mesma música. tomo banho ouvindo, ando pela casa cantando. e a do momento é new soul, da yael naim. ela é uma fofa. música alegre, de bem com a vida. e essa música é a trilha do comercial de televisão que lançou o MacBookAir. eu lembrava. e olha que divertido o vídeo que eu achei no youtube, ela usou a mesma ideia, mas de dentro do envelope sai o CD. adoro gente criativa, adoro.

la la la la...


la la la la laaaaaaaaaa
lalalalalalaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
la la
la
lalalalala

lala lalala

la!

me-fui-me.

não tô mais aqui.
estou deitada no chão,
ouvindo essa música.
quase um caso de amor comigo mesma.
isso ai, gente,
acho que perdi a cabeça por mim mesma.
beijomeliga.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

eu sigo sorrindo.


eu nem sei mais do seu olhar no escuro. eu sei dos meus sentidos, tarde da noite. quando você sempre me telefona. eu sempre digo que não. e você sempre me convence de nós dois. a qualquer hora. você tem estado diferente? ou eu que ando vendo você com outros olhos? eu não sei mesmo, do seu olhar no escuro. deixo você me olhando, viro de costas. mas é como se eu pudesse vê-lo mesmo assim. sentir seu cheiro para mim é estar em casa. mas uma casa que não é minha. meus sentidos me confundem, mesmo de manhã cedo. e você. você sempre me convence. de mim, e de nós dois.

aprender a esquiar (ou a metáfora da vida).



Aprender a esquiar (ou a metáfora da vida).

Tem gente que tem força, mas tem medo. Tem gente que não tem muita força, mas também não tem medo. E por isso encara qualquer negócio. E tem gente que nem sabe se tem força ou não, nem para pensar nisso e vai seguindo. Alias, nem sabe a razão pela qual vai indo, mas vai. Depois, no caminho, descobre para onde. Na semana passada fui para Bariloche, na Argentina, esquiar. Ok, errei. Tentar esquiar. Hmmm... Tentar aprender a esquiar. Tentar pelo menos ficar em pé, sem tombar para o lado como um saco de batatas. Tentar superar a mim mesma e pelo menos acordar para ir esquiar. E eu fui. Meio carregada à força, mas fui. Ok, errei de novo. Totalmente carregada à força, fui. Eu não tenho preguiça, sério mesmo. Nem é falta de vontade. É medo. (Era?) Medo de subir. Medo de olhar para baixo. Medo da velocidade do esqui na neve. Jamais medo de cair. Mas medo de todo o resto. Como eu poderia não ter medo de cair, mas ter medo de tentar? Como a gente diz que não tem medo de errar, mas não arrisca alguns cometer erros? É tudo mentira. A gente tem sim. Medo de errar, medo de tentar, medo do que não conhece, medo do que pode, sim, pasmem, dar muito errado. Muito errado mesmo. E daí? Daí levanta, sacode a neve, ajeita o esqui e desce, criatura. Porque quem não cai, não aprende a andar. Quem não erra, não aprende a viver. E outra dica: se a gente vai passar os próximos anos vivendo e aprendendo, como dizem por ai, então está implícito que vamos continuar vivendo. E errando. Caindo, certo, gente. Esqui pra um lado, pernas roxas, dorflex pra dormir, aquela coisa toda. E essa é a metáfora da vida. Ganhando força, perdendo o medo. Escolhendo o melhor caminho, a melhor pista. Desviando de quem está parado. Deixando passar quem sabe mais, e olhando para aprender como se faz. Aprendendo a esquiar, cair e levantar.

E só para constar: por mais que esteja todo mundo em volta, a gente desce sozinho. É, isso mesmo... Sozinho.

E só para constar, parte 2: pai, obrigada.

viagens que falam, parte 2.




e assim falou uma pizzaria em SP.

innamoratevi, roberto benigni.


Monólogo retirado do filme “La tigre e La Neve”, escrito e dirigido por Benigni. Esse filme me deixou encantada por Benigni quando assisti. Eu já adorava ele como diretor de A vida é bela, mas esse filme me mostrou ainda mais poesia. Ainda mais frases surpreendentes e sua visão linda e serena sobre amor. Amor que move montanhas, aquele mesmo sabe? Tipo dos que a gente só encontra em filmes, literalmente. Amor que faz o mundo girar e parar ao mesmo tempo. Amor, puro e simples, como só o amor sabe ser.


Su su.. svelti, veloci, piano, con calma...

Poi non v'affrettate, non scrivete subito poesie d'amore, che sono le più difficili, aspettate almeno almeno un'ottantina d'anni.

Scrivetele su un altro argomento... che ne so... sul mare, il vento, un termosifone, un tram in ritardo... che non esiste una cosa più poetica di un'altra! Avete capito?

La poesia non è fuori, è dentro...

Cos'è la poesia, non chiedermelo più, guardati nello specchio, la poesia sei tu... ..e vestitele bene le poesie, cercate bene le parole... dovete sceglierle! A volte ci vogliono otto mesi per trovare una parola!

Sceglietele...che la bellezza è cominciata quando qualcuno ha cominciato a scegliere.

Da Adamo ed Eva... lo sapete Eva quanto c'ha messo prima di scegliere la foglia di fico giusta!!!
"Come mi sta questa, come mi sta questa, come mi sta questa.." ha spogliato tutti i fichi del paradiso terrestre!

Innamoratevi, se non vi innamorate è tutto morto... morto!

Vi dovete innamorare e tutto diventa vivo, si muove tutto... dilapidate la gioia, sperperate l'allegria e siate tristi e taciturni con esuberanza! Fate soffiare in faccia alla gente la felicità!

[…] questo è quello che dovete fare… […]

Per trasmettere la felicità, bisogna essere felici! 

E per trasmettere il dolore, bisogna essere felici!

Siate felici!!! Dovete patire, stare male, soffrire.. non abbiate paura di soffrire, tutto il mondo soffre!

E se non avete i mezzi non vi preoccupate... tanto per fare poesie una sola cosa è necessaria... tutto.

Avete capito? E non cercate la novità... la novità è la cosa più vecchia che ci sia...

E se il verso non vi viene, da questa posizione, né da questa, ne da così, buttatevi in terra! Mettetevi così!

Ecco... ohooo... è da distesi che si vede il cielo... guarda che bellezza... perché non mi ci sono messo prima... […]

Fatevi obbedire dalle parole... Questa è la bellezza, come quei versi là che voglio che rimangano scritti li per sempre...

forza, cancellate tutto […].

terça-feira, 24 de agosto de 2010

a bela e a fera.


lumière falando com a bela sobre a biblioteca:

- vamos à biblioteca, bela! vamos ver um livro!
- mas que livro?
- ah, sei lá! um livro. cheio de palavras. isso, um livro cheio de palavras!

viagens que falam, parte 1.

be free. just like the freeshop!

relindo.

pan relleno em san telmo.

lo mejor del mundo!

paradoxo.

há um vazio em mim.
que me preenche por completo.
e eu quero ficar assim.

tantas coisinhas.


entre viver e te querer, eu vou indo sem saber.

buenos aires, 1.





tava todo mundo dizendo que eu ia amar buenos aires. e claro que eu amei. amei umas mil vezes, na verdade. aos poucos coloco algumas fotos... e escrevo minhas percepções.

qual é o gesto que coloca o seu amor em movimento?


teaser natura amor em movimento. amei!

domingo, 22 de agosto de 2010

a bela e a fera, musical da broadway.



entrar numa rua por engano fez a gente encontrar um espetáculo incrível. assistimos a bela e a fera, musical da broadway. sem palavras. três horas emocionantes, voltando à infância e aos contos de fadas... volto ao hotel suspirando, quase sonhando. uma noite surpreendente em bariloche sábado, e outra mais ainda em buenos aires domingo. ai, ai, ai...

sábado, 21 de agosto de 2010

é pra já.

eu já aprendi a costurar. já tentei fazer bolo de chocolate, mas nunca deu certo. já morei na europa. já quis ter um cachorro, mas ninguém me apoiava e eu também já desisti. eu já quis esquecer algumas coisas, justamente as que eu nunca consegui. eu já fui no show do oasis. e da cassia eller, antes de ela morrer, claro. eu já baixei mais de quinze dias de música no itunes e mesmo assim parece pouco. eu já sofri por amor, já comi demais, já me arrependi de não ter ido. eu já fiquei sozinha em casa chorando porque meu pai saiu. eu já fui para veneza, já velejei no guaíba. eu já esperei por alguém que amava no aeroporto. já escrevi cartas de amor, já joguei cartas (não as de amor, claro) até de madrugada. já tomei banho de mar de manhã cedinho, já fiquei a noite inteira fora de casa e ninguém sabia onde eu estava. eu já cansei de caminhar, eu já viajei para muitos lugares diferentes, eu já sonhei com muita gente. eu já caí do murinho da casa da dinda em cidreira. e já fugi pela janela da casa da praia em garopaba. eu nem sei quantas coisas eu já fiz, em quantos lugares eu já fui, nem quantos momentos eu já vivi. só sei que tudo isso que já aconteceu em mim preenche todos os espaços com alegria, amor, e um carinho enorme por mim mesma. que quase já nem cabe aqui.

back to serenity.

lo que paso, paso.
talvez seja esse o mantra para voltar sempre ao estado inicial, de serenidade total. entender que as coisas passam. acontecem, são lindas e se vão. tudo acaba, sempre e mesmo que a gente às vezes não queira. relutar é desperdiçar energia. sem sentido. sem cabimento. vamos terminar os ciclos que iniciamos, para que os novos possam iniciar com alegria sincera e de coração aberto. e tenho dito.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

se é, simplesmente é.


um amigo me disse que quando uma coisa é pra ser, ela é leve. descomplicada. simples. é. e deu. não tranca, não faz sofrer, não cansa. nem irrita, muito menos. e eu fiquei pensando. na verdade minha mente tentou esconder isso de mim, me fazendo acreditar que isso não era uma verdade. mas é totalmente verdade. a ideia agora é eliminar da vida, dos momentos, do dia a dia, tudo que não é leve. tudo que não flui. projeto pessoal de levar adiante apenas que funciona naturalmente, que não desperdiça energia. porque ficar dando volta nas mesmas coisas só faz repetir os mesmos resultados. 

buenos aires, 2.


um dia em san telmo.
a visão de alguém.
em breve as minhas visões.
daqui, e da vida.

queria saber se tudo que estou
vendo
descobrindo
revendo
aqui
vai caber na mala de volta.

liberte-se.

nem tudo que dá prazer é bom.
portanto liberte-se.

extremos.

para encontrar o que é leve 
definitivamente 
é preciso livrar-se do que é pesado.

buenos aires, 1.

café da manhã
uma media luna, mais outra media luna. dá uma luna llena?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

exageros do meu amor.


seu jeito calmo me irrita.
suas palavras são exageradamente poucas para os meus sentidos.
sinto falta do seu toque.
falta de você por inteiro.
às vezes não quero te ver na minha frente.

seu jeito calmo me conforta.
suas palavras talvez sejam suficientes.
sinto falta do seu beijo.
falta de você em tudo que vejo.
às vezes eu esperaria por você eternamente.

sabedoria de avião.

em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente. puxe uma delas, coloque-a sobre o nariz e a boca e respire normalmente. auxilie pessoas próximas apenas após ter colocado a sua máscara.

where the heart is.


passeando pelos canais, encontrei um filme com nome simpático e propício para quem adora comédias românticas (nem é tanto o meu caso). mas como estava super a fim de assitir, não troquei de canal. e me surpreendi. o nome do filme é "where the heart is", é de 2000. parece ontem, mas são 10 anos, o que faz dele um pouco antiguinho, mas com várias mensagens interessantes. guardei algumas pílulas de filme para tomar e aprender. vamos lá...

os ciclos têm que se fechar. sempre. principalmente para iniciar novos, os antigos precisam acabar.

pessoas com comportamentos repetitivos vão cair sempre na mesma situação. e quando você se concentra em fazer as escolhas erradas, até acontecimentos que parecem injustiças com você, na realidade não serão. serão apenas reações ao que você tem feito de errado. e é diretamente proporcional.

e o mais interessante: você pode estar no mesmo prédio, na mesma sala de cinema, no mesmo bairro, praticamente ao lado de uma pessoa. se você não deve (por qualquer motivo) encontrá-la, isso simplesmente não vai acontecer. não vai.

portanto, give it up, baby.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

tem cada dia.

tem dias que eu queria me esconder debaixo da cama. deixar as pilhas de papéis e emails brigando entre si para ver quais tarefas executo primeiro. pegar uns quinze filmes e hibernar num sofá gigante e colorido. talvez sair dali só depois da próxima copa do mundo. tem dias que eu queria escapar para a praia. lá onde a ferrugem encontra a barrinha. naquele pedaço de areia em que eu sentava enquanto esperava você voltar. tem dias que todo mundo resolve me pedir alguma coisa. coisa pequena. e não cabe num dia tudo que o dia precisa fazer. eu chego tarde em casa, encontro os pensamentos que deixei por ali, encontro os projetos de fazer acontecer. às vezes tenho mania de chegar tarde em mim mesma. tem dias que eu preciso ficar quieta e deixar o mundo lá fora. fora de mim, lugar estranho. tem dias que mesmo o sol brilhando, a gente precisa fechar a porta da casa. tem dias assim, bem como hoje. que é um dia, simplesmente. dia de fazer muitas coisas. e cada vez mais, dia de ser as minhas coisas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

children see, children do.

escrevo.


escrevo à mão como o amor fazia antes de tudo ser eletrônico.
automático, instantâneo.

escrevo pelos teus defeitos que a paixão não me deixa enxergar,
mas que peço gentilmente ao amor que me faça entender.

escrevo porque tudo é inspiração.

escrevo pela liberdade dos teus olhos.
pelos sonhos.
pela cor do céu e pela escuridão.

escrevo.
e basta.

para mim, basta escrever.
e te ter ao meu lado ao amanhecer.

(e rasguei uma carta de amor)

afinal de contas.

ninguém tá aqui para ficar carregando a mala dos outros...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ensinamentos de alice, partes 2, 3 e 4.


assim sendo, é hora de perdoar e esquecer.
ou de esquecer e perdoar.
o que vier primeiro.
ou o que for, em qualquer caso, mais conveniente.

---

papai acreditava em 6 coisas impossíveis antes do café.

---

sempre se podem pintar as rosas brancas de vermelho.