quarta-feira, 11 de agosto de 2010

tem cada dia.

tem dias que eu queria me esconder debaixo da cama. deixar as pilhas de papéis e emails brigando entre si para ver quais tarefas executo primeiro. pegar uns quinze filmes e hibernar num sofá gigante e colorido. talvez sair dali só depois da próxima copa do mundo. tem dias que eu queria escapar para a praia. lá onde a ferrugem encontra a barrinha. naquele pedaço de areia em que eu sentava enquanto esperava você voltar. tem dias que todo mundo resolve me pedir alguma coisa. coisa pequena. e não cabe num dia tudo que o dia precisa fazer. eu chego tarde em casa, encontro os pensamentos que deixei por ali, encontro os projetos de fazer acontecer. às vezes tenho mania de chegar tarde em mim mesma. tem dias que eu preciso ficar quieta e deixar o mundo lá fora. fora de mim, lugar estranho. tem dias que mesmo o sol brilhando, a gente precisa fechar a porta da casa. tem dias assim, bem como hoje. que é um dia, simplesmente. dia de fazer muitas coisas. e cada vez mais, dia de ser as minhas coisas.

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