sábado, 19 de junho de 2010

para chover hoje.

terminei mais um livro do carpinejar: o amor esquece de começar. e marquei várias inspirações dele, para mim. alguns insights interessantes, temas polêmicos, enfim. coisas da vida, coisas do amor. quando ele esquece de começar – ou pior – quando esquece de terminar.

crônica: dar um tempo
tentar desdobrar uma carta molhada é difícil.
ela rasga nos vincos.
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não é possível arrumar a gravata ou pintar o rosto quando se briga.
não se fica bonito, o rosto incha com ou sem lágrimas.
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dar um tempo não deveria existir porque não se deu a eternidade antes.
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só se dá um tempo para avisar que o tempo acabou.
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dar um tempo é um tchau que não teve a convicção de um adeus.
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dar um tempo não significa nada e é justamente o nada que dói.

e, para mim, a melhor:
o que se adia não será cumprido depois.

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