eu sempre gostei de ler. leituras obrigatórias do vestibular da UFRGS, poesia, receita de bolo, receita de remédio. não era bem ler absolutamente tudo que caísse em minhas mãos, e sim tudo que eu resolvesse pegar para ler. o tempo e o vento, o cortiço, memórias póstumas de brás cubas. ou alguns livros de férias, tipo para rir naquele momento e deu. bridget jones, algo assim. mas sempre fui de me apaixonar por alguns escritores. e viro fã incondicional (entre parênteses: quando eu tinha uns 15 anos, ia aos domingos ver o luis fernando verissimo tocar com o jazz 6, levava meus livros para ele autografar e ficava esperando ele falar alguma coisa para mim... detalhe: ele quase não fala, mas o legal era esperar mesmo), daquelas que pode até brigar com a família e sair de casa se alguém falar mal de algum dos meus ídolos. exageros à parte, faz mais ou menos um ano que me apaixonei pelo fabrício carpinejar. por tudo. quando a gente gosta de um autor tem que gostar por inteiro. daquele primeiro livro lançado, que quase ninguém leu. das poesias nem tão inspiradoras quanto as crônicas. mas tem que aprender a conhecer, pelo menos. e o carpinejar está sendo uma grande descoberta nesse sentido. o que ele escreve às vezes parece banal, lugar-comum. mas se desdobra em várias viagens para dentro, vários pensamentos.
e ontem fui ao sarau elétrico no ocidente, onde ele era convidado especial. katia suman, claudio moreno, claudia tajes (outra que eu simplesmente AMO) e fabrício carpinejar. que quarteto. falando sobre relacionamentos, ciúmes, traições. deu para rir a noite toda. daí eu saí de lá com uma sensação legal, que no fundo eu sempre soube... por que às vezes a gente deixa de fazer as coisas que mais gosta? e então tá decidido: a partir de agora só faço o que eu quero, com quem eu quero, na hora que eu quero. nada de beirar o egoísmo agindo assim, mas às vezes altruísmo exagerado é que vira loucura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário