sábado, 30 de julho de 2011

o futuro é uma astronave que tentamos pilotar.


eu acho que às vezes a gente se confunde um pouco: não somos necessariamente fracos em algumas situações. às vezes, é a situação em sei que requer mais força que a gente tem. 

e como a gente sai desses casos está realmente no buraco que a gente faz enquanto procura força para agir. é aquele silêncio que ninguém entende e parece depressão. é aquele dormir mais cedo que os amigos podem não gostar. é o não fazer nada, estar imerso na inércia de pensar. e pensar. alguém não vai entender o motivo que nos faz ficar parados. o corpo não faz nada, a boca não fala, as mãos se distanciam. e a mente dá muitas voltas nela mesma, tenta recuperar dados das coisas que vivemos, tenta recriar nela mesma projeções das escolhas que a gente pode fazer, fica se debatendo nas conexões e tentando achar uma saída. 

e a gente vai, olha que legal, amadurecendo. eu acho que o real significado de amadurecer está aí. nesse pesar todo, nesse combinar e não conseguir chegar, porque ficou preso dentro da própria existência. eu acho que a gente amadurece mais quando está no chão tentando levantar que quando a gente cai. 

a gente amadurece quando descobre como levantar. e aguenta todo o resto porque tomou a decisão certa. aguenta que vai levantar e alguma parte do corpo vai doer, que pode ficar uma cicatriz, que torceu o pulso. mas a decisão certa é o conforto. é o carinho no cabelo. é aquele deus super bacana nos respondendo: eu sei que você caiu, eu até acho que fiz você cair. mas é assim mesmo, tá? e agora você vai levantar e começar de novo. o que está doendo, deixa que eu cuido. cuide de você, e sorria para o que está vindo.

e a gente tem que ter a pose de levantar. tem que catar no chão a confiança em si e ir. não é de graça que uma crise é realmente uma grande oportunidade. é aquele buraco que a gente fez. dá pra construir um prédio de sete andares nesse buraco, dá pra fazer um estádio de futebol. o buraco existe, né, gente, agora vamos juntar o que é preciso para construir uma coisa muito legal por ali. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

looking for.


serve, ama, doa, purifica, medita e realiza-te.
(swami sivananda)

simplicidade e rima chata.


se o seu amor está conectado com o universo inteiro,
então não existe a menor chance de ele não ser verdadeiro. 

o dia fora do tempo.


E cheguei de São Paulo, tudo revirado. Mudamos os planos. Dormi profundo, acordei com pressa. Acho que preciso descobrir Deus. Ou deus. Ou DEUS. Pensei nisso. Achei o dia com cara de mudança. Achei o dia com cara de muita mudança. Nada deu errado, mas também nada deu certo. Fui de uma casa para a outra, e nenhuma delas era minha. Errei o lugar do curso (de filosofia) sobre a Felicidade. Encontrei um amigo na rua, conheci um varal de poesias do Mario Quintana. Saí de lá, caminhei pouco. Cheguei na aula, quiche de alguns queijos. Ainda não estou em casa, pensei. É o dia que não existe. É um feriado da alma. É tempo de morrer. Parece que a energia de todo mundo parou no ar. Ficou viajando sem rumo. É tempo de bagunçar a casa, tirar as roupas do armário, doar todas as (coisas) que não servem mais. 

É dia de pegar as malas e se mudar.
Ir morar no dia que começa amanhã. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

amor.


é você alinhando as minhas costas e mudando meu tom de voz. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

não tem jeito.


a partir do momento que você estava dentro de mim, 
eu que viajei para esse mesmo lugar. 
e acabei me descobrindo. 
e achando você em todos os lugares daqui.

sábado, 9 de julho de 2011

tha last look back.


Ontem eu li no blog da Ana Flores algumas palavras que ficaram na minha cabeça: "Não tente entender. Tente aceitar". Fui dormir pensando nisso. Sonhei com isso. Acordei com isso. Estou aqui, de novo, com isso. Talvez porque, justamente ontem, eu tenha procurado que nem doida uma resposta para uma pergunta que falava, olha só, sobre isso. Era uma pergunta que questionava o sentido de um relacionamento. Qual o sentido disso? Por que isso? Por que conosco? Por que agora? Aí pedi uma homenagem ao silêncio que se formou em volta dessa questão, ainda bem que ele chegou na hora certa. Tem vezes que o silêncio é a melhor notícia. Voltando à pergunta, eu estava procurando uma resposta decente, ora bolas, que me fizesse entender aquilo tudo. Ligar os pontos, sabe? Fechar a conta, saber de tudo. E não dá. Tem coisa que mal dá pra viver, imagina entender. Ou a gente ocupa o tempo vivendo, ou tentando entender o que vive. Não é uma apologia à falta de planos, sonhos, planejamentos, objetivos e coisa e tal, mas é um jeito de viver o dia, eu acho. É procurar sentido sem questionar tudo, é ter um ponto de chegada (e mais outro, e mais outro...) sem conhecer a estrada. Ou sem saber se vamos de carona, de táxi, de carro. Ou de bicicleta. Quando a gente fala em aceitar, parece um posicionamento passivo em relação aos fatos. Mas não é. Fui reprovado, aceito. Não deu certo, aceito. Não tenho grana, aceito. Não. Não é isso. É bem o contrário disso. Uma vez já escrevi isso aqui no blog. É algo do tipo: não tenho grana pra fazer esse curso agora, aceito. Mas vou trabalhar que nem doida daqui pra frente e ter toda determinação que eu preciso para fazer daqui a alguns meses. É um aceite movido pela ação futura de mudar o que se precisa. Adoro metáforas aparentemente bobas para metabolizar uma ideia. E voltando ao relacionamento, aquele para o qual eu procurava um sentido... Não tem. Nunca vai ter, eu acho. Ele existe apenas ali nele mesmo, intenso e cheio de amor, mas não é viável. Então eu aceito. E sozinha, quieta e determinada, preciso juntar as forças para fechar a casa e mudar de bairro. É o meu sim, meu aceite. A conformação e a serenidade que virão quando eu realmente parar de tentar entender e começar a tentar mudar. 

Quem quiser visitar o blog da Ana, eu recomendo: www.anamorarte.blogspot.com

procurando o relógio de ir embora.


tudo bem se não deu certo.
eu achei que nós chegamos tão perto.

(...)

mas você lembra.
você vai lembrar de mim.
que o nosso amor valeu a pena.

lembra.
é o nosso final feliz. 
você vai lembrar, sim.

você vai lembrar de mim. 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

still.


ainda pode ser doce a solidão.
só não sei até quando. 

tipo just do it.


inspiration is all over. 
só preciso de café e de algumas madrugadas.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

meio assim.


uma história é bela 
quando vira 
filme, 
livro, 
música 
e fotografia 
dentro de nós.

domingo, 3 de julho de 2011

the best of life.


as melhores coisas da vida são as que a gente mais se esforça para esquecer, apesar de todo mundo já saber que a gente não consegue não lembrar. o tempo todo. eu me apaixonei pelo teu braço esquerdo e odeio esses dias de inverno, que deixam teu corpo dentro das tuas roupas. pensei várias vezes em escrever o livro da nossa história, mas eu transformasse tudo em palavras, talvez perdesse a medida exata dos centímetros da tua mão, que me mede todos os dias. eu tinha um pé de 22 ou de 23cm? não lembro, mas não esqueci. as melhores coisas da vida são as leves, as fáceis (até quando difíceis), as que fluem e vão. não são as que nos fazem sonhar. essas se tornam pesadas. são ilusões. as melhores coisas da vida fazem a gente ser, mesmo sozinhos, sempre inteiros.

e nunca sabermos a hora de ir, definitivamente, embora.

sábado, 2 de julho de 2011

torta de chocolate.


essa menina juntou pedrinhas no chão da praça, e quando perguntamos o que ela ia fazer, respondeu: uma torta de chocolate. eu bem que desconfiava que dá pra tirar coisas incríveis de lugares que a gente nem imaginava.