sábado, 9 de julho de 2011

tha last look back.


Ontem eu li no blog da Ana Flores algumas palavras que ficaram na minha cabeça: "Não tente entender. Tente aceitar". Fui dormir pensando nisso. Sonhei com isso. Acordei com isso. Estou aqui, de novo, com isso. Talvez porque, justamente ontem, eu tenha procurado que nem doida uma resposta para uma pergunta que falava, olha só, sobre isso. Era uma pergunta que questionava o sentido de um relacionamento. Qual o sentido disso? Por que isso? Por que conosco? Por que agora? Aí pedi uma homenagem ao silêncio que se formou em volta dessa questão, ainda bem que ele chegou na hora certa. Tem vezes que o silêncio é a melhor notícia. Voltando à pergunta, eu estava procurando uma resposta decente, ora bolas, que me fizesse entender aquilo tudo. Ligar os pontos, sabe? Fechar a conta, saber de tudo. E não dá. Tem coisa que mal dá pra viver, imagina entender. Ou a gente ocupa o tempo vivendo, ou tentando entender o que vive. Não é uma apologia à falta de planos, sonhos, planejamentos, objetivos e coisa e tal, mas é um jeito de viver o dia, eu acho. É procurar sentido sem questionar tudo, é ter um ponto de chegada (e mais outro, e mais outro...) sem conhecer a estrada. Ou sem saber se vamos de carona, de táxi, de carro. Ou de bicicleta. Quando a gente fala em aceitar, parece um posicionamento passivo em relação aos fatos. Mas não é. Fui reprovado, aceito. Não deu certo, aceito. Não tenho grana, aceito. Não. Não é isso. É bem o contrário disso. Uma vez já escrevi isso aqui no blog. É algo do tipo: não tenho grana pra fazer esse curso agora, aceito. Mas vou trabalhar que nem doida daqui pra frente e ter toda determinação que eu preciso para fazer daqui a alguns meses. É um aceite movido pela ação futura de mudar o que se precisa. Adoro metáforas aparentemente bobas para metabolizar uma ideia. E voltando ao relacionamento, aquele para o qual eu procurava um sentido... Não tem. Nunca vai ter, eu acho. Ele existe apenas ali nele mesmo, intenso e cheio de amor, mas não é viável. Então eu aceito. E sozinha, quieta e determinada, preciso juntar as forças para fechar a casa e mudar de bairro. É o meu sim, meu aceite. A conformação e a serenidade que virão quando eu realmente parar de tentar entender e começar a tentar mudar. 

Quem quiser visitar o blog da Ana, eu recomendo: www.anamorarte.blogspot.com

Um comentário:

  1. Mari! Parabéns pelo texto, vc está cada vez melhor... hehe
    saudades de você, mil beijos :)

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