sábado, 12 de novembro de 2011

o sol é meu.

 

ontem aqui no rio de janeiro acabei indo para um happy hour e depois para outro happy hour e enfim. parece que toda a noite foi uma super happy hour, no sentido literal mesmo da tradução, sabe. horas felizes pra caramba. e que me fizeram serena.

é, parece que as coisas estão voltando a brilhar dentro. não, eu não estava deprimida, não queria me matar, nem nada disso, mas acabei transformando a minha vida, durante a maior parte desse ano, numa reviravolta de emoções. em apostas altas, em riscos absurdos. passei meu ano entregando tudo e muito mais. passei meu ano aprendendo a entender tudo, a aceitar tudo e fechando a porta do quarto para chorar. sozinha e debaixo do travesseiro, para nem eu enxergar. passei o ano precisando ser forte. e sendo forte.

e foi ótimo. mas agora eu quero que esse ano acabe. no calendário, logo. dentro de mim, mais ainda. que 2011 fique marcado na minha vida como o ano em que eu mais aprendi. 

aprendi a morar sozinha, aprendi que a faculdade termina, aprendi que eu sei fazer um monte de coisas sem ninguém, mas que eu posso precisar fazer mais um monte de coisas acompanhada, e que admitir isso é lindo e necessário. 

aprendi que um dos botões da máquina de lavar esquenta muito a água e acaba manchando todas as roupas de rosa. mas tudo bem, dá para usar as roupas meio cor de rosa na rua e vai ficar tudo bem. aprendi que as pessoas me ouvem quando eu começo a falar, e então eu tenho que ter cuidado com o que eu digo. aprendi que, sem querer, eu acabo ensinando.

aprendi que música é presente, que promessas realmente não valem nada e que planos sempre acabam em adeus. mas aprendi a continuar amando a vida mesmo depois de tantas quedas. aprendi, mesmo, que se histórias não podem ser contadas, elas não podem ser vividas. é. aprendi. da pior maneira, mas aprendi. e espero que esse registro sirva de lição para todas as outras vidas que eu viver.

aprendi que eu sou chata, romântica, que eu acredito em tomar café da manhã com o sol na janela como se vivesse num filme, e que dançar de pés descalços no parquet da minha casa é uma das coisas mais doces para mim. aprendi que eu sou mais difícil do que eu pensava, que eu sempre vou resmungar para dormir e para acordar. sempre. aprendi que eu sei um monte de coisa sobre mim, mas que eu adoro me esquecer em função de várias coisas. e que isso é horrível. e não tem perdão. é a minha vida que não me perdoa. sabe.

aprendi, por fim, que eu preciso admitir que eu ainda, hoje, amanhã e sempre, acredito no amor. num relacionamento saudável, feliz, lindo e bem cheiroso. para me tirar e me colocar no eixo, de maneira equilibrada. que me entregue o quanto eu der. que me acorde com cafuné e que fique perto quando eu precisar. e que eu preciso fazer as pazes comigo mesma. e só assim poderei permitir isso tudo de acontecer.

2 comentários:

  1. como pode vc falar tantas coisas q eu penso? belo texto, mari!

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  2. obrigada Thais!
    se você também pensa,
    eu tenho dupla força power linda para escrever ainda mais coisas que eu penso.

    sabe?

    beijos.

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