segunda-feira, 14 de novembro de 2011

por uma vida mais flat.


Cheguei do Rio de Janeiro ontem super pensativa. Mais pensativa do que eu imaginei. Eu tinha três coisas para fazer no dia: encontrar uma amiga, encontrar outra amiga e almoçar na casa da minha mãe. No fim acabei passando quase o dia inteiro com essas duas amigas. E além de almoçar na casa da minha mãe, eu também dormi na casa da minha mãe. Depois de muito tempo. E você deve estar se perguntando o que tem a ver com isso. E até o que isso tem a ver com o título do post e com a foto e com a vida no planeta Terra. Eu explico.

Ontem eu fui fazendo as coisas que eu queria, mas sem planejar. Eu fui indo conforme as coisas iam indo, e conforme as pessoas iam me levando. O domingo foi flat. E eu já estava pensando nessa palavra desde que conversei com um amigo no Rio sobre as coisas de 2011. Que foram, metaforicamente falando, por gentileza, surfar, nadar, cair num buraco embaixo d'água, desaprender a nadar, não saber boiar, saber boiar de novo. Andar de jet ski, de barco à vela, de lancha. Sabe mais ou menos todas as coisas que daria pra fazer na água? Essas todas. Até quase morrer afogada. Sim, porque quase morrer afogada também é uma coisa que dá pra se fazer na água. E na vida, super infelizmente.

E aí acabei indo parar num churrasco (oi, vegetariana) na casa de um dos meus melhores amigos. E lá acabei conversando com uma das pessoas mais iluminadas e lindas que eu conheço... E ele me fez chorar por nada, chorar por tudo. Outra parte do post que não tem nada a ver com nada, mas eu tô aqui justamente para explicar, então fique calmo porque existe uma conexão. 

Quando a gente abre as portas da gente para receber as coisas que a vida fica entregando por aí, a gente começa a se conectar de forma aleatória e sincronizada. Sim. Os encontros são aleatórios, mas a forma que isso acontece é conectada. É necessária. É menos espera, e mais contemplação. É menos busca. É menos tentar. 

E o que uma coisa tem a ver com a outra?
E o que significa tudo isso?
E o que significa até o nome desse post?

Significa que eu quero um ano mais flat. Quero um mar mais calmo. Quero um livro sem surpresas. Quero contemplar a vida e as coisas dela, sem ficar buscando mais. Já me encontrei por aqui. E chega de procurar por restos. Eu quero deitar na água, e ficar ouvindo o oceano. Quero confiar nos encontros e desencontros, quero aprender com as coisas que chegarem pertinho de mim. 

O ano que vem bem que poderia vir bem tranquilo, para me dar um monte de serenidade. E me levar para um mar bem lindo, bem enorme, com um horizonte linear e com um movimento calmo. É isso que agora me significa. 

Um comentário:

  1. Mari, estou canalizando esta reflexão, pois sim, é uma máxima isto que desejas, e que eu compartilho. Beijos.

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