terça-feira, 17 de maio de 2011

de longe.


Pequeno prefácio para entender o momento:

Para mim, a melhor resolução de ano novo acontece praticamente no meio do ano. É aquela que a gente escreve num guardanapo enquanto toma café. Ideia que surge na conversa alheia. Talvez seja alguma coisa que você já tinha até transformado em lembrança sem viver. 

E é aí. 

Que dá dor de cabeça. Tipo abstinência de café. Que a gente não consegue terminar um livro. Que dá vontade de viver de cabeça pra baixo. De sentir frio no verão e tomar chocolate quente na beira da praia. É aí que fica tudo bagunçado ao mesmo tempo. A geladeira, os relacionamentos, as gavetas e os pensamentos.

E é aí mesmo.

Que a gente tem que esperar a revolução passar. Sentar no chão, e não mais no sofá. Entender que tudo é céu, se não der pra tocar. Pelo menos agora. As olheiras ficam, as certezas vão. Dão a volta na sua capacidade de entender as coisas. Tem que trocar as cores. Tentar ouvir um CD como se tivesse dois lados. É a vontade de voltar a ser disco. Ouvir uma parte, tranquilamente virar e ouvir a outra. 

E é aí então.

Que a música parou. Agora é esperar e sentir na alma o repertório novo que vai começar.

***

Talvez o que segue não tenha nada a ver com o que escrevi, mas foi a inspiração.

***

Seja sincero com os defeitos e esconda as virtudes. Ocultar os recalques é permitir que ela encontre um por um conversando com sua mãe. Antes prevenido do que mentiroso.

Não tente entender ou resumir a alma feminina, procure complicá-la. Confusão é inteligência. Mulher gosta de ser vista como um problema para depois ser promovida a uma crise, para depois avançar em teorema e terminar como enigma.

O sedutor recebe fora a torto e direito. A diferença é que ele não aceita. Permanece perguntando, rindo de si.

E a melhor (para mim):

Homem tem a única missão na vida: incomodar a mulher. No início, ela dirá que você é irritante. No momento em que chamá-lo de insuportável, conquistou definitivamente o coração dela.

Carpinejar, leia o texto inteiro aqui.

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