domingo, 4 de setembro de 2011

agora eu entendi.


Desde umas nove horas da manhã eu estava me perguntando o que é paz. Acordei sem querer, virei para um lado. Nada de entender o que é essa tal dessa paz. Virei para o outro. Barriga para cima, barriga para baixo. Pés para fora da cama. Nada. O que é na prática, na hora de escovar os dentes e sair correndo atrasada, paz? O que é, na mesa de trabalho, paz? O que é, nos relacionamentos, paz? O que é paz quando a gente tem que mudar de casa, de emprego, de rotina? O que é paz quando a gente tem que mudar o nosso papel na vida das pessoas? Paz é quando a gente tem que sentar no chão e ver o quanto erra, paz é quando a gente tem que revisitar a própria casa. Paz é quando a gente olha cadernos antigos e vê que chegou onde queria, e que por ter sido difícil caminhar em alguns lugares, a gente não se joga mais fora. Paz é quando a gente consegue mudar de ideia em... Paz. É quando a gente se pensa, se repensa, se estuda. Fica quieto de mundo para olhar o que está acontecendo antes de viver na inércia. O pior da inércia, eu acho, não é quando a gente fica parado e permanece parado. É quando a gente está em movimento e segue em movimento. Movimento errado. Paz é resolver isso. É ter, além da direção certa, o movimento mais belo para traçar o caminho que nos leva até lá. 

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