segunda-feira, 18 de outubro de 2010

are you gonna fly high?


se alguém ousasse cortar suas asas, você desistira de voar? 
aliás, se alguém falasse que você nem pode voar, você acreditaria?

você diria algo do tipo: é, você tem razão. eu não posso voar. nem sei como pensei nisso... bobagem minha. você sairia andando de cabeça baixa, triste e deprimido, pensando que o mundo é injusto e aquela coisa toda, e dizendo que nada dá certo pra você, ó céus, ó vida, se algum Deus por aí existe é tudo culpa dele e ele é sacana pra caramba. você faria isso? não, né? desculpe a grosseria, mas você faria. por sinal, eu sinto informar que você já fez. faz isso o tempo todo. você tem feito isso tantas vezes quanto escova os dentes ou toma banho. todo dia, certo. é revoltante, uma merda. falei. a gente fica o tempo inteiro cortando (em pedaços, eu diria) as próprias asas. 

leia três vezes: não são as pessoas que podam nossos sonhos, somos nós. de novo: não são as pessoas que podam nossos sonhos, somos nós. e para finalizar: não são as pessoas que podam nossos sonhos, somos nós.

mas eu não tenho dinheiro, te organiza, trabalha, junta, espera e faz. mas alguém disse que não era pra fazer, azar é de quem falou. mas agora não dá tempo, mentira, sempre dá. mas não tenho como ir, pede carona. mas não consegui terminar, dorme mais tarde. mas não lembrei que era pra ser feito, compra uma agenda. 

quando a gente passa acreditar em qualquer outra pessoa (e não no que a gente pensava desde o começo) perde de fazer coisas que alimentam a nossa alma. coisas que nos deixam no trilho da nossa própria vida, coisas que são feitas de coração e levam à felicidade. são essas as nossas asas. então se você me disser que alguém cortou suas asas, meu bem, eu lamento, mas vou ter que responder: se alguém cortou, é porque você deixou.

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