sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

é assim.

apesar do céu
a gente só vai voar.

um novo poeta na minha vida (?)

CANALHA (em resposta e homenagem ao Fabro)

É mentir com ternura
Ferir com delicadeza

É dar certeza
Ao passo em falso

Para que ela se precipite
Ao precipício

De olhos fechados

É pedir a mão
Tocando

Entre as pernas

É estar entre as pernas
Beijando as pálpebras

Fechadas

É fazê-la morder
Os lábios

Para que não diga
Os olhos machucados

É ensinar seu idioma
Até que ela

Desaprenda sua língua

E o coloque inteiro
Na boca

Fique insana
E insone

Na ausência

E não compreenda
Como pode

Querer estar tão perto
E tão longe

Do mesmo homem

Everton Behenck

bipolar, por fabrício carpinejar.

uma coisinha que faltava para encerrar o ano... deixar para vocês algumas partes de uma das minhas crônicas preferidas do carpinejar. uma em que me inspiro muito, que eu risquei de lápis de cor colorido no meu livro, que eu releio sempre que sinto vontade de voar por aí.

está no livro o amor esquece de começar.




bipolar

eu amo desorganizado, desavergonhado. tenho um amor que não é fácil de compreender porque é confuso. não controlo, não planejo, não guardo para o mês seguinte. a confusão é quase uma solidão adicional. uma solidão emprestada.

(...)

amar demais é o mesmo que não amar. a sobra é o mesmo que a falta. desejava encontrar no mundo um amor igual ao meu. se não suporto o meu próprio amor, como exigir isso?

um dia li uma frase de hegel: "nada de grande se faz sem paixão." mas nada de pequeno se faz sem amor.

a paixão testa, o amor prova.
a paixão acelera, o amor retarda.
a paixão repete o corpo, o amor cria o corpo.
a paixão incrimina, o amor perdoa.
a paixão convence, o amor dissuade.
a paixão é o desejo da vaidade, o amor é a vaidade do desejo.
a paixão não pensa, o amor pesa.
a paixão vasculha o que o amor descobre.
a paixão não aceita testemunhas, o amor é testemunha.
a paixão facilita o encontro, o amor dificulta.
a paixão não se prepara, o amor demora para falar.
a paixão começa rápido, o amor não termina.

(...)

brigo com o bom senso. ou sinto calor demais ou sinto frio demais.

uma ânsia de ser feliz maior que a coordenação dos braços. um arroubo de abraçar e de se repartir, de se fazer conhecer, que assusta. 

(...)

esse sou eu: que vai pela esperança da volta.
tua solidão é bonita, menina
não enlouqueça

e assim 2011.

Carry on, carry on
As if nothing really matters

adoro esse carinha.

Você não cabe
Em seu tamanho

36

Você é mais
E pensa demais

E quase ninguém
Sabe entender

O quanto
Você não cabe

Em seu tamanho

Será sempre
Um número maior

E será mais
Mulher

Porque o mundo
Espera de você

Algo que nunca  caberá
Em um numero 36

Everton Behenck

what am I to you?


eu acordei me perguntando o que eu sou para você. acho que isso aconteceu porque eu dormi pensando o quanto queria estar ao teu lado... e logo depois de pensar o que eu sou para você, eu desisti até de refazer essa pergunta na minha cabeça. desisti porque na verdade não interessa. interessa o que você significa pra mim. agora interessa apenas que em pouco tempo você já me fez ver muita coisa de um jeito diferente. interessa o quanto eu desfocava muita coisa para ver do meu jeito. e o quanto isso me fazia sofrer em silêncio. quando a gente finge que as coisas não nos incomodam elas passam a incomodar mais ainda. você para mim significa alegria, sorrisos, carinho e cuidado. você para mim significa que a minha vida não vai mudar em nada depois que você chegou. não vai mesmo. ela vai continuar linda, feliz e maravilhosa. mas agora com a sua companhia. depois que a gente aprende algumas coisas, fica difícil ver aquelas realidades antigas com os mesmos filtros. não dá mais. nem pra chegar perto. nem para ouvir falar. mudar é uma das coisas mais legais que a gente pode fazer por nós mesmos, parece brincadeira mas quando chega a conta do que a gente andou fazendo errado, é difícil de pagar. mas é bom terminar esse ano com tudo fechado, nós desatados, mudanças radicais... e agora você. que é a minha paixão. e o que é isso eu nem vou tentar entender. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

o que eu desejo para você.


eu desejo para você mais sol na sua janela. desejo que um dia desses você possa acordar a hora que der vontade. desejo que você sempre tenha a iniciativa de fazer acontecer. eu desejo que você pense numa gincana de felicidade, onde todo mundo que é feliz sempre ganha. desejo que você aprenda a negociar, a entender o pessoal que compartilha momentos da vida com você. desejo que você se apaixone, e quando isso acontecer, não morra de medo como eu agora. eu desejo que você possa passar uns dias na praia, uns dias em casa sem fazer nada, uns dias na rua cheio de coisas para fazer. eu desejo que você pare de perder tempo dizendo que nunca tem tempo. desejo que você aprenda a ter menos preconceito. e desejo que você pare de achar que não tem preconceito. até quem diz que odeia música sertaneja (tipo eu) está sendo preconceituoso. nunca ouviu e fica aí falando mal. desejo que você consiga dançar de pés descalços na sala da sua casa, aproveitando os dias mais longos no horário de verão. desejo que você tenha alguém para te sufocar de abraços enquanto você dorme, porque eu descobri que isso é uma das coisas mais legais do mundo. eu desejo que você consiga ter alguém não apenas para amar, mas para falar um monte de bobagens e rir demais. não, eu não desejo para você a viagem dos seus sonhos, o carro dos seus sonhos, o apartamento dos seus sonhos. eu desejo para você apenas os seus sonhos. daí, se eles forem reais, você vai ter tudo que quiser. eu desejo para você música bem alta, amigos bem legais. desejo que você seja sempre gente fina pra caramba, assista menos novela, conheça mais a sua cidade e viaje mais pelo mundo. eu desejo que você cuide de quem você é, eu desejo que você tente aprender a surfar. eu desejo que você saia correndo por aí sendo alegre e verdadeiro. desejo que você pare de reclamar do trabalho, pare de torcer para que chegue sexta já na segunda. desejo que talvez você tenha mais amigos que eu, mas que eles todos sejam sinceros como os meus. desejo que você aprenda a ficar sozinho de vez em quando, pois a sua própria companhia é sempre a melhor de todas. desejo que você escreva mais, leia mais, veja mais a vida como uma fotografia. cada momento está ali e é fotografado como é. dá pra tirar mais fotos, sim. mas cada uma será sempre e eternamente única. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

te liga, colega.

eu às vezes fico surpresa com a capacidade que a gente tem de ficar tentando não enxergar as coisas. tipo, a gente ignora enquanto todo mundo sabe e todo mundo vê uma coisa. e a gente finge que nem tem nada a ver com aquilo. quantos sinais são necessários para uma coisa ficar clara? quantas vezes a vida tem que olhar pra gente e dizer: colega, definitivamente não é por aí! e a gente segue tentando, quebrando cabeça e tal. mas tá, ok, paciência. uma hora a casa cai. os sinais são absurdamente claros. dá pra ver por qualquer ângulo, dá pra sentir em todos os cantinhos da pele. e aí você acorda. feliz da vida. ok, eu posso até ter ficado cega por um tempo aí... mas agora eu tô enxergando como nunca. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

music is freaking me out.


you can make it feel so real...

simplesmente eu, clarice lispector


eu adoro ir para são paulo. isso todo mundo sabe. eu gosto de estar lá, sozinha, andando pelas ruas, procurando referências, esperando pelas ideias. gosto de tomar café em lugares diferentes, gosto de entrar nas livrarias e ficar horas viajando. gosto de ver as pessoas. enfim... são paulo é divertida sob alguns aspectos. sempre tem alguém almoçando. independente do horário. sempre tem alguém trabalhando, óbvio. sempre tem algum nextel fazendo barulho, sempre tem algum dedo em alguma tela touchscreen. tem cinema a qualquer hora, tem qualquer tipo de comida que a gente imaginar. tem que tentar atravessar a paulista, que quando a gente chega na metade já abre o sinal de tão grande que ela é. tem starbucks, tem muffin de blueberry. ah, tem. e aí em são paulo eu adoro ir ao teatro. aliás, eu adoro sempre. mas lá é diferente. na sexta passada eu assisti a beth goulart no espetáculo "simplesmente eu", montado com textos maravilhosos (isso é uma redundância) da clarice lispector. indescritível, apaixonante, envolvente. perfeito. nada menos que perfeito. eu estava sozinha numa plateia enorme, mas aposto que sorria mais que qualquer um lá. serenidade para mim é mais que felicidade. e é isso que eu sinto quando estou sozinha, seja em são paulo, seja na minha rotina. serenidade de escolhas, de destino, de verdade. 

e um pouquinho de clarice, porque às vezes a gente se sente bem assim.

"o que eu sinto eu não ajo
o que ajo não penso
o que penso não sinto.
do que sei sou ignorante.
do que sinto não ignoro.
não me entendo
e ajo como se me entendesse."




é necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela.
- nietzsche -

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

aqui em mim.



eu acho que sei onde você mora. e de maneira alguma você já morou perto de mim. 

para mim, tanto fazia você. 
mas esse quase mexeu com a minha história. 

e agora? 
o nosso quase romance, 
o nosso quase amor, 
o nosso quase beijar sem fim. 

tudo isso está aqui: está em mim. 

mesmo assim.


mesmo que eu fosse diferente
eu seria bem assim: igualzinha a mim.

domingo, 19 de dezembro de 2010

ah.

fora da casinha.
fora do contexto.
fora da real.
fora de nós dois.

fora,
dá o fora daqui.

agora.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

será que foi pra mim?

O vento
É sempre um bom

Conselheiro

Porque nos fala
Do que é invisível

E precisamos tanto disso

O vento
É a língua

Do tempo

E nos ensina
O que é eterno

Em sua lição
De verbo

Infinitivo

O vento é sempre
Um bom amigo

Em sua conversa

De galho
Batendo

Na janela

O vento
É nossa própria

Consciência

Soprando sua presença

obrigado, menina. pelo poema.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

tudo culpa do marketing.

vou falar uma coisa que talvez algumas pessoas não gostem, mas eu acho que grande parte da culpa da derrota do inter no mundial é do departamento de marketing. acho que muitas iniciativas feitas pelo inter antes dessa viagem foram exageradas. tudo bem que eu acredito que todas as empresas devem ter um plano de marketing, e devem pensar não apenas na atividade principal e também na gestão, mas tudo tem limite. e esse exagero com certeza foi parar na cabeça dos jogadores, que, pelo menos até onde eu não dormi, não jogaram muita coisa hoje. mas a questão aqui não é uma análise técnica de futebol, e sim de motivação, de engajamento. quando os jogadores do inter tocavam na bola, a sensação era: posso fazer qualquer coisa, a gente vai ganhar. essa certeza maluca de que a vitória era certa estragou o processo todo. para mim, como gremista, melhor assim. 

repensando a cultura dos jogadores de futebol (e eu até tenho alguma experiência nisso, hehehe), e analisando o tipo de vida que a maioria dessas "estrelas" internacionais leva, a gente pensa: entre alguns picos de sucesso, existem depressões muito grandes. geradas pelo comportamento, pela cultura, pela qualidade de vida, pelos valores. não teria como ser diferente. eu acho que esse pessoalzinho da áfrica que ganhou mereceu a vitória, não apenas pelo jogo, pela quantidade de passes certos, pela escalação ou sei lá o quê. mas para premiar um tipo de trabalho certo. que é esse o que vale. chega das pessoas pensando que podem beber todas na noite e jogar futebol no outro dia achando que são profissionais. chega desse estrelismo alimentado por um monte de gente que acha que ser jogador de futebol é o máximo e não vê a hora de namorar um deles. que faz plantão em estádio pra isso. 

o exagero do inter em fazer ações em função do mundial foi absurdo. festa de lançamento disso, festa de lançamento daquilo. filme, comercial, festa de despedida. que isso? futebol ou eles estão indo fazer intercâmbio e precisam de festa de despedida? esse exagero me passou a impressão de que eles já tinham ganho antes mesmo de irem embora. gente, tem um comercial pronto comemorando a vitória. e eles nem tinham ido viajar quando foi feito. isso pra mim não é organização e planejamento, é estrelismo barato e falta de noção da realidade. total.

colorados que quiserem discordar, fiquem à vontade.


e imagina o briefing para a agência:
- oi, me manda aí uns modelos para um comercial de televisão da vitória do inter no mundial.
- mas senhor, o inter nem viajou ainda.
- não tem problema. o importante é que os modelos sejam bonitos. tá?

qual pergunta.


qual a cor de um vendaval de emoções? 
qual o cheiro de um temporal de sentimentos? 
qual o gosto de um mar de dúvidas? 
qual o valor real dos seus sonhos? 
qual a medida exata da sua verdade? 
qual o jogo certo de viver a sua vida? 
qual o poder de transformação das suas atitudes?
qual a sensação da sua felicidade?
qual o problema em desafiar o mundo?
qual o destino você acha que vive?
qual o desejo mais profundo da sua alma?
qual a vontade mais escondida no seu coração?

fico pensando
qual dessas perguntas todas
eu consigo responder.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

bom dia porque.

é dia 13 de dezembro e você está em porto alegre, de meias e casacão, achando que é o fim dos tempos e vai nevar no natal.

domingo, 12 de dezembro de 2010

revoltada demais.

com certeza eu nunca vivi um momento tão legal na minha vida. ok, isso é ótimo. 

mas tenho andado meio intolerante ultimamente. aliás. meio, não. totalmente, completamente. eu não consigo perceber algumas coisas e ficar quieta (nem que eu fale pra mim mesma). nem que eu desabafe aqui mesmo. o caso de hoje está relacionado a essa droga de palavra que não sei quem inventou e se chama VEGETARIANO. sério. essa palavra arruina minha vida, minhas relações, meu humor. por que não inventaram uma palavra mais simpática, querida e amiga, que não desse a entender que quem não come carne come apenas vegetais? e quem pensa nisso, ainda pensa em vegetais crus, sem sal e sem graça, pelo que eu tenho visto. gente, pra começar: eu quase nunca como salada. combinado? vegetarianos não são aquelas pessoas que só comem saladinha. tá? continuando: quem não come carne, simplesmente n-ã-o c-o-m-e c-a-r-n-e. e deu! pronto! o resto toooooodo a gente come. tá? preciso repetir? a gente come lasanha, massa, pipoca, doces, chocolates, a gente toma leite, a gente come omelete, a gente come batata frita e sorvete. a gente toma nescau!! a gente gosta de sanduíche com pão BRANCO também. a gente adora queijo. sério. leiam isso, eu imploro. suflê, torta de bolachas. claro que a gente, COMO QUALQUER PESSOA QUE BUSCA SER SAUDÁVEL, come frutas, verduras e vegetais. mas porque eles fazem bem para a saúde, e não porque somos vegetarianos e só comemos coisas verdes. e a gente não tem problemas com proteínas, a gente não tem menos sangue, menos cor, menos força de vontade, menos vitalidade. não fiquem perguntando como a gente consegue. eu não pergunto como você consegue fazer tanta coisa que faz. sério. já falei umas dez vezes a palavra "sério" nesse texto, estou contaminada por uma revolta sem tamanho, mas pessoal... parem com esse drama. e eu vivo feliz, consigo caminhar, correr, respirar e sou saudável, mesmo sem comer carne, tá? e só para garantir: carne é animal morto, é bichinho. então peixe e "carne branca" também é carne. beijoenãomeliga.

a dois.

quem se atreve a me dizer
do que é feito o samba
quem se atreve a me dizer

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

laureka.


ô mana. feliz aniver. 

tradução do meu agora.

(...)

esse é só o começo
do fim da nossa vida
deixa chegar o sonho
prepara uma avenida
que a gente vai passar

veja você
quando é que tudo foi desabar
a gente corre pra se esconder
e se amar
se amar até o fim

sem saber que o fim já vai chegar
deixa o moço bater
que eu cansei da nossa fuga
já não vejo motivos
pra um amor de tantas rugas
não ter o seu lugar

abre a janela agora
deixa que o sol te veja
é só lembrar que o amor é tão maior
que estamos sós no céu
abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém
o amor já desvendou nosso lugar
e agora está de bem

(conversa de botas batidas - marcelo camelo)

entre vir e fugir.


eu te quero. você foge. eu finjo que não te quero. você volta e finge que acredita que não somos um para o outro. eu te esqueço. fingindo que esqueci. daí a gente volta a se encontrar. como se o tempo tivesse parado na última vez em que estivemos juntos. saímos de casa achando que não vamos mais voltar. mas a gente quase se pertence. passa um mês que eu nem sei de você. e voltamos para nós como se nada tivesse acontecido, e o tempo fosse nosso. eu te quero, quero mesmo. minha serenidade mora no fato de que eu agora assumi o quanto te quero. nem eu mesma acreditava. provavelmente você não vai ler essas palavras, mas não tem problema. era para mim mesma que eu precisava falar. e quase custando o que custar, é por você que eu vou esperar.

e ponto.

às vezes a gente descobre
que o que a gente precisa
não é, nem de longe
o que a gente (acha que) quer.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

voltando ao amigo secreto.

ok, me rendo. precisamos voltar ao assunto amigo secreto. preciso voltar atrás, me corrigir e coisa e tal. sem problemas. mas eu errei feio quando disse que não gostava de amigo secreto. me explico: hoje eu percebi que, na verdade, o amigo secreto nada mais é que uma tradução das características que as pessoas têm. o que você é se revela na maneira como você trata as pessoas, como você vive a sua vida, como você cuida das unhas das mãos e dos pés (caso seja mulher) na teoria de um amigo meu. 

e a brincadeira do amigo secreto revela muito mais que nomes ocultos até o momento da entrega dos presentes. revela o quanto você se preocupa com os outros. revela o quanto você pensa com antecedência no compromisso que assumiu de trocar um presente. revela o quanto do seu carinho está ali, o quanto da sua dedicação, das suas palavras e até do seu querido dinheiro. o quanto você está disposto a dar, a escrever, a procurar, a pensar em quem você tirou e ir atrás do presente ideal. 

tem gente que não consegue pensar nesse tipo de carinho, cuidado, respeito e amor na vida real, no dia a dia. gente que nunca tem tempo, que tá sempre correndo, que tá sempre nunca podendo. tem gente que não consegue dizer "não vou aceitar o teu convite porque assumi outro compromisso", e prefere dizer "que correria". eu já disse isso uma vez, quando alguém diz (e às vezes eu também digo, e começo a rir sozinha) essa expressão "que correria" eu fico imaginando um monte de gente correndo doida pela rua sem rumo e sem cabimento. totalmente sem cabimento.

bom, então para fechar esse capítulo do amigo secreto: eu recebi um kit de presentes da amiga secreta mais querida que eu poderia imaginar, a virgínia, ela pensou em absolutamente tudo que eu mais amo... ela pensou em mim. com carinho, com cuidado. lembrou da minha loucura por canecas. me ouviu falando de uma coleção de livros de design, me viu comentando o quanto eu tinha adorado esse perfume da natura com o mesmo cheirinho daquele creme para as mãos que todo mundo adora (até meu professor de pesquisa. e não me perguntem como eu tomei conhecimento dessa informação). não é perder tempo, não é exagero, não é. é cuidar das relações, é investir no que faz bem.

meus presentes!!

então vamos lá: nesse final de ano, revele-se o amigo secreto mais legal desse mundo. escreva uma frase de amor, pinte um cartão, invente uma novidade e faça diferença na vida de quem você tirou. daí, como eu, essa pessoa sempre vai lembrar desse dia tão feliz de sorrir e ser amado.

essa solidão.


essa solidão é colocar um espelho bem na minha cara. um espelho pronto para quebrar caso eu faça cara feia pra mim mesma.

essa solidão é um mistério que eu não quero resolver, nem decidir. quero apenas que fique como está. não questionarei os fatos.

essa solidão é estranha, porque é uma teia de pessoas, ideias, momentos. tomam conta de mim e ao mesmo tempo me deixam ir e vir com a liberdade de quem tem asas. e eu voarei sozinha.

essa solidão é companheira para andar de pés descalços, é serenidade eterna, é desatar os nós que ficaram pelo caminho.

essa solidão é ver as mesmas coisas com outros olhos, viver a mesma vida de um outro jeito, traçar o mesmo caminho com passos seguros e felizes.

essa solidão não é solidão. é onde eu me encontro. eu sozinha comigo mesma. é onde estou descobrindo que vivo, e que vivo mais feliz que nunca. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

a internet complicando a minha vida.

ele diz, com tom de saudade no ar:
- hoje senti teu cheiro em algum lugar, não sei de onde...

ela responde, toda desconfiada:
- meu perfume?

ele insiste:
- é, teu cheiro...

ela, toda desconfiada mesmo:
- mas eu mudei de cheiro.

e ele:
- é? preciso me atualizar!

e per(segue)
- onde eu baixo teu cheiro novo?
aposto que já é um sucesso.

ela sorri.
e pensa:
maldita internet,
anda acabando com os meus relacionamentos.

definitivamente.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

my first canon day.

as flores

de plástico

não morrem.

Ouvir primeiro, vender depois.

depois do alívio imediota.

o vídeo do alívio imediota, feito pelo mallet, me fez pensar muito durante esses últimos dias. e é por isso (e por todo trabalho que estou desenvolvendo, que me faz dormir às 3h30 da manhã e acordar às 8h no mesmo dia) que eu não consegui escrever nada ainda. 

mas vamos lá, vou tentar me expressar.

eu andei observando algumas pessoas que passam pela minha vida durante as tarefas da rotina, do trabalho, da faculdade, das amizades, enfim. quem elas são, quem elas acham que são. o que elas falam, o que elas comentam. o que elas reclamam e detestam. e eu não consigo deixar de perceber quanta gente fala mal de tanta coisa o tempo todo. sério, chega a ser triste. 

poucas coisas, na minha opinião, são totalmente ruins ou totalmente boas. aliás, nada é totalmente ruim ou totalmente bom. agora pensei que chocolate fosse totalmente bom, mas não. nem um pneu furado quando você tá de salto alto e vestido de festa pode ser totalmente ruim. sei lá. vai que esse tempo esperando (alguém trocar o pneu, óbvio, porque eu nunca trocaria sozinha) faz com que você fuja de um acidente, engarrafamento ou de uma festa furada mesmo. 

o que acontece na mente das pessoas é que elas não tem coragem suficiente para olharem para si e mudarem sozinhas as próprias vidas, e então passam a colocar no mundo todo a responsabilidade que é delas. é sempre assim. comigo é assim, com você é assim. com o porteiro do prédio, com o seu dentista. com o seu ex namorado, com o seu futuro namorado. sempre é. o vídeo do mallet mostra uma realidade que a gente já sabe: sempre tem alguém tentando vender uma solução mágica para problemas impossíveis. mas (e eu não canso de repetir) é tudo uma questão de marketing. pessoal, se tem gente vendendo, é porque tem gente comprando. e a gente sempre compra. não são os outros que nos enganam, a gente se deixa enganar. a gente acredita que a dieta realmente funciona, que o empréstimo tem juros baixos e até pode fazer planos para todo dinheiro que ganhar na mega sena (mesmo sem nunca ter jogado).

se você criar uma religião agora, bem agora, e ela fizer com que você consiga alinhar a sua vida, trabalhar com determinação, manter boas relações com as pessoas que estão ao seu redor e consiga ser uma pessoa mais feliz e mais serena, eu assino embaixo e digo: que linda a sua religião. por que eu vou te atacar e dizer que a sua religião não tem base? fundamento? teoria, filosofia, sei lá. simplesmente por falar mal? mas a religião funciona, dá pra ver em você, na sua pele mais bonita, nos seus dias mais alegres, no seu saldo bancário e nas férias na disney com os filhos. funciona. 

então a moral da história é a seguinte: tem gente que anda falando mal de tudo o tempo todo, e gente que anda procurando em cápsula de multivitamínico a solução para toda a alimentação errada que consome durante um dia. e isso, gente, não funciona. o que funciona é fazer o jogo certo, limpo, escolhas felizes e com muita disciplina para chegar onde se quer. e agora me dei conta do mais triste nisso tudo: as pessoas imediotas talvez nem saibam o que querem.

(inspiração total no meu querido amigo ricardo mallet)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O alívio imediota

Eu não gosto de dar ordem para ninguém. Mas como esse blog é meu, eu tô mandando todo mundo que entrar aqui ver esse vídeo. E tenho dito. 

a revolta do marketing, parte 1.

quando o foco do seu esforço de marketing, que como o nome diz, é marketing (e não vendas), você cria um relacionamento com o cliente que vai além do imediatismo. quando ele precisar do que você oferece, ele vai lembrar de você. mesmo que não seja hoje, nem domingo que vem. quando ele precisar, o seu esforço vai ser reconhecido. e é essa a ideia, a beleza e o desafio de trabalhar com marketing. e não me venha com departamento de marketing e vendas. oh, céus. 

ao som de chico buarque, me revoltei.


tem muita gente que me inspira a escrever. mas algumas pessoas me inspiram a escrever coisas revoltantes. sério, eu sei que é meio do mal isso. mas tem gente eu olho e nem falo. porque não tem o que falar. não dá. é impraticável, impensável. eu ia perder muito tempo na vida tentando decifrar algumas atitudes das pessoas, que é melhor nem começar. por isso agora é tchau. goodbye, me voy. hasta la vista. cai fora do meu quadrado. não quero papo, nem as horas. egoísmo? hm, pode ser. mas prefiro ser uma egoísta realizada que uma altruísta frustrada. 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

janelas de mim.


eu não abro qualquer janela. 
porta, muito menos. 

até porque porta normalmente é maior que janela. entra mais luz, sai mais energia. entram mais olhares, mais gente indo e vindo. passando por aqui e por ali, tentando entrar e se sentindo em casa. ah, não. não venha a aqui se sentir na minha casa. me dá um tempo. espera eu abrir a porta. antes, era tudo escancarado. na verdade, eu acho que nem tinha janelas. a casa era de vidro, toda aberta, sem pensar. fui construindo paredes. nada que me afaste do mundo, mas tudo que me aproxime de mim. várias janelinhas, pequenas, discretas. eu abro, você entra. pode até ficar um pouquinho. sem demoras. talvez você até volte, eu abro novamente um espacinho. mas agora quem quiser entrar pela porta, lamento, vai ficar preso do lado de fora. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

uma música que nunca foi tão minha.


procuro a solidão
como o ar procura o chão

como a chuva só desmancha
pensamento sem razão

procuro esconderijo
encontro um novo abrigo

como a arte do seu jeito
e tudo faz sentido

(ana cañas - esconderijo)
um minuto de silêncio em homenagem à bossa nova.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

um café muito legal.

olha, não sei se são as companhias, o bairro, se sou eu, se são as flores. mas eu adoro o retrô café. fica ali na fabrício pilar. é beeem pequenininho, mas uma graça, e tudo que tem ali é bom, principalmente o café. tive uma super reunião com a minha sócia querida por lá hoje e não bastou um café para o nosso bate papo, tiveram que ser dois!!! maravilhoso. sempre me inspiro pelo pingado ali, não sei o motivo. não tirei foto, uma pena. mas quem estiver a fim de curtir um ambiente retrô, um café legal e toalhas de bolinhas coloridas, aparece lá. super indico. fico devendo a foto. 

minhas paisagens


um tanto de mistério, de não se deixar levar na primeira partida. um tanto de surpresa, de encantamento. por que mostrar-se pouco? por que manter-se fechada? respondo: sempre fui muito aberta.

na verdade, eu não estou me mostrando pouco. estou me mostrando aos poucos. e não aos muitos, montes, sem o sabor do mistério, como de costume. 

andar mais devagar não significa chegar mais tarde, e sim apreciar com mais calma todas as paisagens.

quase sexta, quase seis.


you look so pretty sleeping next to me. 

pequena longa história.

daqui a muitos e muitos anos, num reino não tão distante assim, ele vai olhar para ela, como todo aquele carinho que sempre lhe foi peculiar, e vai dizer:

- mas você sempre foi a mais bonita...

ela, sem jeito, vai responder com calma e leveza:

- é... e a gente se amava muito né?

sim. 
se amavam tanto que por vezes chegavam a se odiar.

- fim da história -

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

sobre martha medeiros e acordar cedo.

duas coisas chamaram muito a minha atenção hoje. uma delas é a coluna da martha medeiros na zero hora. quem leu, vai entender melhor a minha revolta, mas de qualquer forma vou tentar explicar o que houve. claro que essa explicação vai ser com os meus filtros, então quem quiser ser imparcial lê a coluna e depois a gente conversa. ela fala basicamente sobre a gente parar de ser exigente demais e relevar algumas coisas nos relacionamentos, a fim de a) não parecer tão chato e b) levar o tal do relacionamento adiante. pura besteira, perdoem-me todos. ela fala em termos menos fatores de descarte. tipo, coisas que basta a outra pessoa fazer para a gente descartá-la. gente, esses fatores são o máximo! eles dizem muito sobre as pessoas. eles não são fatores, são sinais!!! pensa bem, no caso do texto, o carinha diz que detesta tom jobim. sem apego ao tom jobim em si, e a qualquer música. mas por trás dessa característica da pessoa, dá pra ler muito sobre ela. algumas coisas bizarras ela concorda em descartar, tipo música sertaneja. ahhh, fala sério. música sertaneja ela descarta, mas concorda em continuar com alguém que chama o tom jobim de xarope? então assim: vamos fazer tipo a engenharia. criar uma planilha e começar a analisar os possíveis fatores de descarte. a gente vai aceitando um ou outro, mas tem um limite (que nesse caso não é alto, ok, gente). não concordo que as pessoas tenham que ter os mesmos gostos, as mesmas vontades, os mesmos programas para ficarem juntas. mas elas tem que ter a maioria dos projetos em comum. e convenhamos, tom jobim é tom jobim, né?

a outra coisa que está na minha cabeça martelando é a história de trabalhar em casa, horários, tarefas e paradigmas acerca disso tudo. posso falar? que saco. é isso. na semana passada eu estava em casa por volta das 10h30min da manhã de sexta, alguém ligou pra lá  e quando eu atendi a pessoa disse: nossa (tom de voz de filme de terror), o que tu tá fazendo em casa sexta às 10h30min da manhã? e eu calmamente respondi: trabalhando. eu trabalho em casa. primeiro, o que que te interessa? segundo, precisamos acabar com esses paradigmas. naquele dia eu tinha acordado às 10h da manhã, porque fiquei até as 4h30min da madrugada trabalhando. eu não tenho horário fixo de trabalho, então eu adoro ficar acordada de madrugada e dormir de manhã. eu não quero doutrinar ninguém, nem me justificar, mas se você acorda às 10h da manhã corre o risco de ser olhado com cara feia por todos e ainda ler nos pensamentos deles: que pessoa inútil, olha isso, acordando às 10h da manhã. então gente, é assim... o mundo moderno, globalizado, blá blá e blá, vai contratar cada vez mais pessoas que tenham iniciativa e não horários para cumprir, que gostam do que fazem em vez de ser mandadas fazer, que saibam das suas responsabilidades e aconteçam. independente do horário em que dormem ou acordam. 

(o marcador desse post é me revolvei muito)



(...)
a única pessoa que você pode controlar em
qualquer relacionamento é você mesmo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

lembrando amelie.


"o medo do tempo que passa nos faz falar do tempo que faz."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

conversa comigo mesma.


o que acontece com a nossa alma quando a gente fica triste? por que será que tudo fica escuro e sem graça, nada mais tem magia ou valor, e os dias poderiam simplesmente passar e passar, e nada mudaria para nós? quando a gente fica triste, para de olhar para as coisas que nos fazem felizes. para de sentir aquela coisinha boa tipo: ai, que coisa boa viver. e isso é mais triste. quando a gente não controla essa tristeza, a única coisa que consegue é ficar mais triste. porque vai caindo aos poucos, vai se deixando levar pelo desânimo, e daí ficar levantando e caindo não dá. tem pouca coisa que me deixa muito triste. é bem assim... e eu não tenho meio termo, sabe? se é pra ficar triste, que seja chorar até não encontrar mais meus olhos. se é pra ficar triste, que seja passar o dia inteiro sem falar com ninguém. se é pra ficar triste, nem quero mais almoçar, tomar café, nem bater papo com ninguém. mas pra que tudo isso, né? se sou eu quem fica triste, e não os outros que me fazem ficar. eu já tinha escrito uma vez sobre isso. ninguém, além de nós, é responsável pela nossa tristeza, pela nossa alegria, pelo nosso resfriado, pela nossa conta do celular que atrasou. mas a gente adora colocar a culpa nos outros. foi ele quem me magoou, foi ela quem me deixou triste e por aí vai. então acho que encontrei uma pequena solução: aumenta o som, muda os móveis de lugar, toma um banho de princesa, seca o cabelo como se fosse casar, e lembra sempre: se não são os outros que te deixaram triste-perdido-com-medo-com-fome-e-chorando-sem-parar, não são eles que vão te deixar feliz e radiante. é você. 

domingo, 21 de novembro de 2010

bate a porta e engole a chave.


ok, a vida é linda, a gente tem que viver com serenidade, paz, harmonia e coisa e tal. mas tem horas que é bom bater uma porta, trancar tudo e chorar pra dentro. 

e sair livre.

promoção de amigo secreto, queeeem vai querer?



gente, preciso desabafar. é sério. tem duas coisas que não saem da minha cabeça. talvez falando alguém aqui argumente em oposição e consiga me fazer compreender melhor. duas coisas que a minha mente não consegue entender: a) amigo secreto e b) promoções variadas. 

fiquei doida. mas explico. começando pelo amigo secreto. depois de escrever esse texto, vou até pesquisar no senhor google como surgiu essa ideia de forçadamente dar presentes pra alguém no final do ano. posso estar sendo meio do mal agora. mas pra mim amigo secreto é uma interrupção artificial. você entra porque todo mundo entrou, porque tem festa (antes ou depois do amigo secreto), porque é final de ano e todos estão super felizes. mas alguém aqui gosta realmente de amigo secreto? gosta de ter que procurar um presente para aquela pessoa querida que não deu sugestão? ou pior, gosta de ter que ir atrás daquela sugestão maluca que o colega de trabalho mais maluco ainda deixou? ninguém gosta. durante a revelação do amigo secreto é pior ainda. uma gritaria sem fim, todo mundo fala ao mesmo tempo, tenta adivinhar, tem que parar pra tirar foto. sinceramente, se você quiser perder um tempão da sua vida, entre num amigo secreto. aliás, entre em vários. você corre o risco de ganhar algum presente legal, mas também pode sair da festa com alguns pares de meias, ou um vale-presente daquela loja que você nem conhece... é uma experiência. 

se eu tivesse que organizar um amigo secreto, teria a ver com música, com uma frase especial, um filme, enfim. teria muito menos a ver com gritaria e confusão e muito mais com amizade, descontração. (que bonitinho, falando mal o tempo todo e rimando no final)

e agora sobre as promoções. apertem os cintos, vai ser complicado. para começar, deixa eu explicar uma coisa. "promoção", no marketing, é um dos famosos Ps. tem produto, praça, preço e promoção. então, promoção é um esforço direcionado para promover a venda de alguma coisa. vender um corte de cabelo, vender um livro, vender um carro, vender qualquer coisa. daí para vender mais, ganhar mais dinheirinho e coisa e tal, inventaram essa tal de promoção. que não é desconto, gente, não confundam. desconto é desconto, promoção é promoção. mas enfim. voltando ao que interessa. o que passa na cabeça das pessoas que criam algumas promoções? quando elas precisam pensar nisso, a criatividade fica em casa dormindo? as ideias vão passear sem hora pra voltar? 

quer ver como você vai se identificar? promoção de aniversário: "no mês de aniversário da nossa loja, quem ganha o presente é você!". uhu. quantas milhares de vezes essa frase já foi usada? dita, escrita, proclamada. será que ainda tem efeito na cabeça do consumidor? será que chama a atenção? 

quando você ouve uma propaganda das casas bahia, que por sinal está s-e-m-p-r-e em promoção, você sai correndo do sofá para conferir as maravilhosas ofertas, porque dessa-vez-os-preços-nunca-estiveram-tão-baixos? acho que não. eles cometem outro erro. estão sempre em promoção. ninguém confia muito. tá sempre tudo com preços arrasadores das promoções malucas.

então para fechar esse texto meio doido, é assim: vamos parar com esse monte de amigo secreto e pensar melhor nas promoções. elas têm que ter prazo determinado, uma ideia legal, de preferência, tem que mexer de alguma forma com o cliente e realizá-lo. não adianta sortear cinquenta carrões importados, se ele nunca vai ganhar. quem sabe começar perguntando aos seus clientes o que eles acham das suas promoções? o que eles gostariam de ganhar, quais facilidades importam pra ele? 

isso é marketing. e sabe o mais legal? funciona. bem melhor que amigo secreto, eu diria. 

sábado, 20 de novembro de 2010

O trágico dilema
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, 
é porque um dos dois é burro.

- Mario Quintana -

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

so happy.


a minha suprema felicidade.


será que ser feliz demais cansa? 

dançar cansa. correr cansa, nossa. ficar rolando na cama sem conseguir dormir... não parece, mas cansa. viajar por muitas horas, caminhar, andar de bicicleta. tudo cansa, e muito. mas será que ser feliz demais cansa? será que essa quantidade incrível de coisas dando certo na vida da gente vai sumir como num passe de mágica? será que tudo isso daqui a pouco vai embora pra acontecer na vida de outro alguém? 

não.

ser feliz demais não cansa. não passa, não termina. quando a gente alinha a nossa vida ao mundo, nossos desejos ao que realmente somos, nossos pensamentos ao que realmente interessa... não cansa. não passa. não desaba, não dá nó. só cresce, aumenta, flui sempre mais. 

dançar cansa, é, eu sei. mas dançar as suas músicas favoritas, durante uma noite inteirinha... cansa? trabalhar demais, dormir tarde, acordar cedo cansa. aham. mas ver seus projetos realizados, as lágrimas de emoção nos olhares que te apoiam não cansa. correr, caminhar, andar de bicicleta. tudo isso cansa. mas e a paisagem que a gente ganha? e os segredos que troca com o sol enquanto passeia? 

essa quantidade de coisas lindas que a gente conquista na vida não vai embora num passe de mágica. porque não foi num passe de mágica que elas vieram. elas foram construídas. passo a passo, dia a dia. ou no meu caso, noite a noite. 

ser feliz demais nunca cansa. ser feliz demais (e sempre mais) é externar nas suas conquistas tudo que você é. e se você absorver emoções legais, teatros, cinemas, músicas inspiradoras, filmes maravilhosos, livros revolucionários, beijos cheios de amor e abraços carinhosos... como vai externar qualquer coisa diferente de encantador?

sim.

e é aí que mora a beleza. pelo menos da minha vida.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

I really wanna dance.


a magia entre nós não ficou no passado. ela permanece. porque o amor verdadeiro, quando existe, é liberdade. jamais será prisão. e assim como eu amo você e todo o seu jeito, aprendi a deixar você ser. deixar você viver. uma paixão, um destino, muitas músicas, muitos momentos. isso é o que nós somos. e o mais lindo de quando éramos dois é que nunca deixamos de ser cada um. nunca deixamos de viver, a gente transbordava ideias, paredes pintadas, um apartamento no bom fim. a gente suspirava o mundo. foi você que me ensinou a (tentar) tocar bateria, a gostar de los hermanos, a andar na rua à noite sem ter medo, a ir no barzinho mais escondido da cidade ver um senhor de muita idade tocar. e dançou comigo como nunca ninguém o fez. a magia, quando existe, não fica presa num tempo definido. ela voa e sempre retorna. para o que nós somos sozinhos. e mais ainda, para o que somos os dois. juntos. 

não consigo esquecer o quanto você amava os meus pés. e o quanto a gente sempre dançou na vida.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

preciosa


Precious: Based on the Book "Push" by Sapphire, 2009

ainda tô meio paralisada sobre esse filme, mas resolvi escrever para fechar os filmes do feriadão. eu chorei assistindo, claro. eu fiquei comovida, óbvio. mas não consigo deixar de expressar meu sentimento predominante enquanto assistia esse filme... esperança. é horrível assistir algumas cenas mostradas ao longo da trama, dói e tudo o mais. mas em nenhum momento não achei que ela podia sair fora, mudar tudo, dar uma surra na mãe, sei lá. devo ser meio egoísta, racional demais. pode ser. mas enquanto há vida, para mim, há esperança. então mais que aquele clichê de dizer: você não tem problemas, quem tem problemas são as pessoas do subúrbio do harlem, brooklin, da favela da rocinha, quem mora debaixo da ponte... prefiro dizer que ainda acho que há esperança. o esforço é gigantesco, eu sei. mas com educação, pessoas envolvidas, gente do bem, e muuuuita esperança, eu acho que vale a pena pelo menos tentar.

everybody's fine.



após uma choradeira sem precedentes vendo um filme incrível chamado everybody's fine eis me aqui. puta falta de sacanagem. esse filme é um remake americano de um filme italiano de 1990, estrelado pelo mastroianni. a versão gringa de stanno tutti bene deve ser parada demais, chata demais, romântica demais para qualquer um... menos para mim, óbvio. para quem não tá a fim de prestar atenção em todas as mensagens que ele traz, é apenas mais um filme de cotidiano sobre as relações entre pais e filhos. nada mais que isso. mas quem tá a fim de abrir a cabecinha, pensar em si, nas suas escolhas, nos seus relacionamentos, enfim... quem vê outros ângulos na mesma cena, quem consegue colocar o dedo na própria ferida, rever o presente, pensar no futuro... nossa. vai chorar tanto quanto eu. super recomendo.

e o momento desabafo geral: preciso dizer o quanto tudo isso lembra uma frase incrível que meu pai sempre repete... "deixa as gurias quietas". é isso. isso tudo. beijomeliga. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

=)


(so) beautiful mess inside.

sobre felicidade.


pequeno diálogo sobre felicidade:

- estou muito feliz.
- é?
- sim. feliz, leve, realizada.
- nossa! aconteceu alguma coisa?
- sim.
- ai, então me conta logo.
- eu aconteci.

lights on.


minha luz está brilhando forte. muito forte.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

um simples grande filme.

quando cheguei na locadora hoje, como sempre, tinha uma pessoa mega simpática e querida, que entende tudo de filmes e está sempre me dando as melhores dicas. peguei três, já que não tenho namorado e estou pseudo-gripada e com febre. quem me conhece sabe que eu detesto filmes de suspense, que a gente paga pra levar susto. ou filmes psicodélicos-malucos-cheios-de-fantasia, que a gente fica se perguntando que tipo de droga o carinha que escreveu entregou pro diretor fumar, cheirar, sei lá. e todos juntos fizeram uma loucura. eu gosto de filme simples, da fotografia, da trilha sonora, dos questionamentos, de ficar pensando, pensando e pensando. e não de ficar pulando na cadeira, ou de ficar ouvindo tiro de tudo que é lado e essa coisa toda. gosto de linearidade, de fingir que não sei alguns desfechos, mas de curtir a vida no cinema. assim como ela é. e não como ficam por aí fantasiando. depois dessa sessão de descarrego, segue o filme que acabei de ver. lindo em cada detalhe. perfeito como o amor: que é leve, questiona a si mesmo, às vezes não entende nada, mas no final sempre acha o seu lugar. 


away we go, sam mendes, 2009
esse estranho e simpático casal aí da foto descobre que vai ter um bebê. by the way, numa cena linda, que mostra o sexo de uma maneira leve e muito divertida. após ficarem sabendo que os pais dele vão se mudar para a bélgica, encontram-se sem apoio, sem família, sem raízes. ela perdeu os pais enquanto estava na faculdade, eles agora não têm ninguém por perto. e então decidem sair. a viajar pelos estados unidos/canadá. buscando tudo, buscando nem eles sabem o que exatamente. e surgem os momentos mais bizarros, malucos, maravilhosos, transformadores. questionamentos e dúvidas. e o resto eu não posso contar, né? mas não fique aí esperando um desfecho dos deuses, uma coisa maluca. 

a simplicidade e a leveza das descobertas são os maiores tesouros que qualquer um pode buscar. e normalmente eles estão ao nosso redor, o caminho que trilhamos apenas abre a nossa alma para encontrar.

(o diretor é o mesmo de american beauty, e qualquer semelhança não é mera coincidência) 

insuportável mim.


nenhuma parte de mim esquece o quanto o sono era calmo, eu deitava na sua cama ouvindo a sua música. estou chata, sem graça. sem sal, sem querer. fiquei irritada, neurótica. insuportavelmente desconfiada. fiquei na mesma. foi você quem saiu voando. e ainda tinha gente que achava o contrário. assumo um personagem que não sou nesse instante. me desconforto toda, e depois volto ao normal. eu nem sei o que busco, por isso sempre acabo parando de buscar. tem muitas palavras que me fazem queimar por dentro, coisas que eu nem aguentaria dizer. e mais ainda elas me perturbam, porque são confidências minhas com as tuas mãos. eu deitei nos teus braços, e naquele momento eu sentia que era só tua. me pergunto de onde tiramos esse medo. de onde tiramos essa ideia de não ser. de não deixar ser. eu desconfio dos teus beijos, porque me perderia na imensidão da incerteza. eu estou sem graça, sem qualquer cor. sem vestígios, sem marcas. eu nem sei por onde deixei as minhas próprias pegadas. 

vai tomar o seu café.

decidi tomar um espresso em cada café de porto alegre. tipo julie & julia do momento. vou postar aqui no blog. tô me achando tipo os destemperados versão super cafeínados. não tem regra, não tem cronograma. vou sair por aí tomando café. quem quiser pode vir junto. afinal de contas uma vida sem cafeína não tem nada a ver.


café do cofre - santander cultural - centro, porto alegre
idea caffè - muito bom, muito quente, muito forte, tudo muito.
amei muito.
se tivesse que dar nota, seria tipo uns nove.

feira do livro.



eu queria o mundo todo.


algumas sapatilhas nos ladrilhos dos sentimentos. algumas luzes esperando o momento mais belo de iluminar. alguns olhares acalmando o coração. o teu abraço que é intenso desde sempre, que é belo e me faz suspirar. eu queria o mundo todo, só para poder nele viajar. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

isso é amor.


a cínthya matando carpinejar. ele morrendo, sim. de amores. adorei a noite do fala fróide na oca. fotos, amor, música. deve existir uma maneira de ser feliz sem intensidade. mas sinceramente, eu não acredito nela.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

eu não tirei foto do paul.


aliás, nem levei a máquina. eu não queria me perder tentando fotografar o palco, filmar as músicas. eu queria que o show se perdesse em mim. portanto tenho fotos de tudo, menos do show.